segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mais um texto ruim que fiz bem no começo da Pedagogia, na outra universidade.


“A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente" Paulo Freire


O ato de ler:

Sabemos que o ato de ler está interligado com o ato de escrever, os dois caminham juntos, mas o que escrever sobre o ato de ler se não citarmos antes o ato de escrever.
Quanto mais lemos nos tornamos pessoas mais informadas, mas temos que analisar o que lemos, pois não adiante uma leitura simplesmente pelo fato de ler por ler, e esse não é o verdadeiro intuito do ato de ler.
O acesso à leitura às vezes não condiz muito ao que vivemos na realidade brasileira, sabemos que existem muitos em nosso país que não sabem ler e escrever e será que não é a hora de analisarmos o verdadeiro sentido do ato de ler, juntamente interligado com o ato de escrever.
O ato de ler é algo conscientizador, pois através da leitura poderemos ter uma sociedade mais consciente do seu verdadeiro papel, pois quanto mais conhecimento e entendimento poderemos ter uma sociedade mais justa para todos.
Se pensarmos que só através de vários atos, sejam eles o ato de escrever, de ler que poderemos transformar o mundo que vivemos, será que isso é utopia, pode até ser, mas quem nunca viveu ou vive com o grande sonho da transformação.
Sim o ato de ler nada mais é que um instrumento de poucos e que num futuro próximo será a realidade de muitos em nosso país.
Outro texto que fiz bem no começo da minha trajetória no curso de Pedagogia, na primeira universidade, nossa isso está um Baú da Pedagogia, rsrs, e também o texto é muito ruim.


O ato de escrever


Qual o verdadeiro sentido da frase o ato de escrever, se analisarmos os vários sentidos que este ato traz para a vida de todos.
Não é uma tarefa muito fácil, é necessário concentração para colocar no papel idéias, conceitos,
Idéia vem, idéia vai, sai da “cabeça” e vai para a ponta da caneta, uma atrás da outra em uma fila e assim formam palavras e dessas frases quando menos esperamos é formado um texto, mas em tempo de tecnologia o papel e caneta perderam um pouco o espaço para o computador, um novo meio de comunicação e expressão do ato de escrever.
Se pensarmos como o ato de escrever é um ato transformador na vida de muitos, pois é com ele que muitos expressam sentimentos, sonhos, mas em contra partida muitos não tem acesso ao simples ato que para nós é tão singelo, mas para outros o ato de escrever é um desafio.
Você já parou e perguntou como seria sua vida sem saber ler e escrever, não, eu não consigo imaginar como seria minha vida, então será que essa é a hora de analisarmos que devemos fazer alguma coisa para transformação de nossa sociedade, muitos não tem acesso à leitura, e a informação.
Sim eu acredito que somente através de uma sociedade que todos saibam ler e escrever assim acontecerá à mudança para uma sociedade mais justa.
Todos nós estudantes de pedagogia somos grandes sonhadores e idealizadores de que só através da educação transformaremos o “mundo” que vivemos.
Então vamos em frente, pois, a caminhada é longa.


Esse texto eu fiz quando ainda estudava em uma outra universidade, o curso era o mesmo Pedagogia. Muito ruim esse meu texto!





Analisar obra: Vidas Secas de Graciliano Ramos com Os Retirantes de Cândido Portinari.

Na obra de vidas secas, é um relato do perfil de uma família nordestina, vivendo os efeitos provocados pelo drama da seca. Podemos citar alguns valores atribuídos a esta importante obra literária de Graciliano Ramos, está o registro dos sonhos em relação à mudança de vida , muitas injustiças sociais.
Um drama que quase todos os nordestinos vivenciaram, saíram de sua terra para tentar uma sobrevivência em centros urbanos onde conseguiriam uma perspectiva de uma vida melhor.
Em Os Retirantes de Cândido Portinari, observamos a simbologia de um povo sofrido em decorrência do trabalho árduo.
Se compararmos a obra de Graciliano Ramos, com a obra de Cândido Portinari, podemos sintetizar cujo fator de expressão em suas obras são o verdadeiro relato do povo nordestino,pois Graciliano soube expressar exatamente através das palavras, que foi a linguagem verbal, e Portinari através de seus pincéis fez o mesmo, em sua linguagem não verbal, através de uma pintura .Graciliano passou sua mensagem através da palavra escrita e já Portinari pela observação transformada em pintura.
As obras de Graciliano Ramos e Cândido Portinari foram feitas em uma época distante da qual vivemos hoje, mas o relato que fizeram é bem atual e nos mostra as injustiças sociais são uma realidade deste povo citado por eles em suas obras, e com essa análise observamos o quadro social que são vivenciados constantemente e para pensarmos como podemos nos posicionarmos criticamente sobre fatos muitas vezes esquecidos, como devemos agir para transformar uma realidade sofrida em uma outra mais justa.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Esse texto escrevi no 1º semestre para a disciplina: Educação e Tecnologia da Comunicação e Informação
Foi uma análise do filme:Denise está chamando (Denise Calls Up)- 1995- diretor Hall Sawer

O texto está horrível.Quem não assistiu esse filme, deveria assistir, não é muito fácil de encontrar, eu ainda vou ver novamente e quem sabe escrever uma análise crítica melhor.



O filme começa com a ligação de uma amiga para outra, onde conversam sobre uma festa, Gale explica o motivo por não ter ido. Todos os personagens trabalham em casa e são ocupados e assim não costumam ter contato pessoal, é uma relação de amizade virtual, neste caso por telefone, por trabalharem em casa misturam vida profissional com pessoal. Todos esses personagens estão envolvidos entre si, não é um envolvimento pessoal, real, pois não se vêem, mas um envolvimento emocional.
Muitos envolvimentos ocorrem neste filme. Gale e Linn são amigas, Gale tem um ex-namorado chamado Frank, e este tem um amigo Jerry. Gale conversa com Frank para que sua amiga Bárbara conheça Jerry, pois tem a convicção que eles combinam e por isso quer tornar os dois um casal. Martin é amigo de Jerry, Martin recebe um telefonema de uma desconhecida, chamada Denise, e em todas as cenas em que ela aparece são cenas externas, Denise fala a Martin que está grávida, pois Martin fez doação ao banco de fertilidade, neste que Denise fez inseminação artificial e no transcorrer do filme ela tem interesse em conhecer o doador, então procura o telefone de Martin através de um amigo dela, Denise liga para Martin.Os dois começam a se conhecer, mas as conversas sempre são ao telefone. Com o telefonema de Denise Martin deixa transparecer toda sua insegurança sobre a paternidade, pois diz que trabalha demais e não está preparado para ser pai.Martin conta a Jerry sobre Denise.
Gale namorou com Frank por cinco anos, mas a relação não deu certo, pois os dois trabalhavam demais, e suas vidas eram muito corridas, Gale continua querendo formal o casal, Bárbara e Jerry, mas Bárbara mostra-se insegura em relação a isso e pede para Gale enviar uma foto de Jerry, e Gale pede a Frank uma foto de Jerry, então Frank envia uma foto, afinal os dois eram amigos há muito tempo, mas vale ressaltar: quando Bárbara recebe a foto de Jerry, era quando ele era criança, mas ela diz a Gale que gostou, e resolve marcar um jantar entre os quatro, para que finalmente Bárbara conheça Jerry, mas no dia posterior ao encontro todos voltam a se falarem pelo telefone para dizer que não foram, cada um dá sua explicação. Gale conversa com Jerry e informa número de telefone de Bárbara e ele liga, mas neste momento ela desliga o telefone, Jerry sempre fala com Martin sobre Bárbara. Jerry e Bárbara mantém um envolvimento sexual, todo esse envolvimento é através do telefone.
Martin e Denise sempre conversam sobre o bebê que ela espera, e Martin pergunta a Denise qual o sexo do bebê e ela diz que quer ter surpresa, mas se ele quiser saber, ela dá número do telefone que poderá falar com o médico, mas ela faz Martin jurar que não contará quando souber o sexo do bebê, Martin liga para o médico e diz que é um menino, Martin fica feliz. O tempo passa e Denise vai ter o bebê e liga para Martin, que este liga para Jerry, que liga para Bárbara, Frank liga para Jerry e também participa da conversa, todos conversam juntos, pois a tecnologia permite isso, e participam do nascimento do bebê.
Em um outro momento, Bárbara quando liga para casa de Gale é informada pela tia, sobre o falecimento de sua amiga, e esta fala a Jerry e liga para o amigo Frank, e dá os pêsames, mas este não sabia do falecimento e os amigos combinam para ir ao velório de Gale, mas não acontece. Frank liga para Linn para conversar sobre a festa que Gale preparava e que gostaria de fazer essa festa em sua homenagem e diz que Gale morreu quando conversava no telefone, então Linn lembra que esse telefonema era com ela. Depois de Frank conversar com Linn combinam para todos se encontrarem na casa de Frank, então combinam para dia 31 de dezembro e Frank convida Bárbara, Jerry que convida Martin e esse convida Denise. Chega o grande dia.
Todos vão ao encontro na casa de Frank, Denise chega com sua filha Afrodite, e toca a campainha de Frank, que está em casa, mas não atende. Bárbara vai ao apartamento de Frank, mas desiste na frente do apartamento e Jerry também faz o mesmo, isso acontece no mesmo cenário, onde Denise está sentada em frente ao local do encontro, Jerry e Bárbara passam um do lado do outro, mas como não se conhecem pessoalmente, cada um vai para sua casa, e neste momento que Denise está sozinha chega Martin e esse conhece Denise e sua filha Afrodite e os dois caminham juntos.
A imagem de Denise é mais impressionante, pois é a personagem que é sempre vista em cenário externo, bem mais iluminado, demonstra alegria, é uma simbologia de vida, e principalmente quando filme termina, quando ela caminha com sua filha, demonstra ousadia, pois foi a única personagem a realmente viver fora daquele cotidiano que os outros personagem viviam, apesar de todos precisarem trabalhar.. Em alguns momentos alguns personagens como Jerry e Bárbara, demonstravam insegurança no envolvimento emocional, Martin quando sabe que Denise fez inseminação artificial, Frank quando fica sozinha em sua casa e não atende a campainha, parece que ele gostaria de ficar ali sozinho, sem envolvimento real.
Apesar do filme ser de 1995, seu relato é bem atual, pois vivemos na era da tecnologia e podemos nos comunicar com pessoas de vários lugares, mesmo sem conhecer pessoalmente.
O sentimento que despertou foi de ter mais envolvimento com os outros, apesar da correria do dia a dia, temos que ter um tempo para ver o outro,pois algumas vezes sempre deixamos de nos relacionarmos com o outro, com a desculpa que temos uma vida cheia de trabalho, compromissos. Esse filme tem uma relação com a educação, pois não poderemos ter uma relação superficial com o objetivo de educar.Não discrimino a tecnologia, mas sim temos que tê-la como aliada, mas em alguns momentos deixamos de viver momentos mais pessoais, por simples desculpa da falta de tempo.Se pensarmos nos personagens, apesar de todos trabalharem dentro de casa, não tinham tempo para o convívio real, e isso é muito importante, todos demonstravam um envolvimento emocional, mas aquela cena de Jerry e Bárbara onde os dois passaram um do lado do outro, naquele momento os dois eram como desconhecidos, é neste momento que senti a grande importância do convívio entre as pessoas, principalmente real.Precisamos de uma sociedade mais humanitária e não egocêntrica.




Na postagem anterior, coloquei um trecho da reflexão que fiz do estágio, no final do 3º semestre, mas estava a olhar o meu "baú" e encontrei alguns textos do 1º semestre, vou colocar um texto e dá para perceber que melhorei um pouco, ainda bem, rsrs, imagine se ficasse pior, rsrs
Ah um detalhe, ainda tem o trema, em algumas palavras, oh reforma ortográfica que ainda me confunde, rsrs

Esse texto fiz para a disciplina Oficina de Produção de Texto


Em um mundo globalizado, saber falar outros idiomas torna-se fundamental para interação humana. Essa habilidade se faz necessária, por exemplo, para tratar de negócios, viagens ou até mesmo navegar na internet. Entre as diferentes línguas faladas pelo mundo, o inglês é colocado como o principal, e hoje é utilizado como linguagem universal. No Brasil, é disciplina obrigatória a partir do ensino fundamental e fator eliminatório no vestibular das principais universidades, a fluência nesse idioma é cada vez mais cobrada de profissionais que procuram uma vaga no mercado de trabalho em vários ramos de atuação, o que gera uma preocupação de pais atentos ao futuro dos filhos.
Nesse contexto, as escolas de educação infantil bilíngües tornam-se cada vez mais populares, pois além de solucionar a aflição de algumas famílias, trabalham habilidades que beneficiarão o desenvolvimento das crianças por toda a vida. Se destacarmos que a melhor época para aprender uma segunda língua é na primeira infância, de zero a dez anos. Ao expor uma criança de até seis anos a duas línguas, elas crescerão com grande probabilidade de se tornarem bilíngües.O bilíngüe pode ser aquele que fala dois idiomas, é importante destacar as quatro habilidades, que são escutar, falar, ler e escrever, nas duas línguas.
Se pensarmos qual a importância de aprender uma segunda língua na educação infantil, é preciso fazer distinção entre aprender e adquirir. Aprender é ter o conteúdo definido, adquirir é um processo subconsciente. Não aprendemos nossa língua-mãe, mas sim a adquirimos.Aprender outro idioma na primeira infância não prejudica de forma alguma, a criança já faz uma combinação única de dois idiomas que se integram ao sistema do pensamento, exemplo quando aprendemos as horas em uma língua não precisamos reaprender em outro idioma, pois os dois são integrados.
Podemos ressaltar na educação bilíngüe o papel do educador, então podemos observar a formação de professores, não adiantaria pensar em um ensino bilíngüe se não formamos educadores bilíngües, seria preciso uma nova reorganização de disciplinas direcionadas a futuros educadores, pois atualmente nos cursos de pedagogia não formam profissionais bilíngües.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O 3º semestre terminou, mas quero registrar aqui um trecho do meu relato de estágio, mas principalmente a ligação que fiz com o maior educador que o Brasil já conheceu até hoje.

Não tem como esquecer o que ele fez para a educação
Ah, eu falo de Paulo Freire!

Paulo Freire, onde você estiver, você foi o CARA!

SIMPLESMENTE UM HOMEM QUE FEZ E AINDA FAZ A DIFERENÇA



“A questão da coerência entre a opção proclamada e a prática é uma das exigências que educadores críticos se fazem a si mesmos. É que sabem muito bem que não é o discurso o que ajuíza a prática, mas a prática que ajuíza o discurso.” (Freire,2008.p.25). Isso demonstra a experiência que tive no estágio, pois as práticas observadas por mim foram incoerentes com o discurso feito pelas educadoras no início do meu trabalho de observação. Na qual falavam sobre amorosidade com as crianças, mas que na vivência com as mesmas as rotulavam de preguiçosas, sem limites, carentes, sem base familiar e estrutura financeira.
“Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanente, começo por aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado”. (Freire, 1996. p.23). Neste caso quando cito esse trecho de Paulo Freire me faz pensar na relação que a educadora tinha com seus alunos quando considerava que ela poderia dar chineladas nas crianças, pois por ser educadora e o educando um simples objeto na qual pode fazer o que quiser.
“Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto ou aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê. Não posso ser professor a favor simplesmente do Homem ou da Humanidade, frase de uma vaguidade demasiado contrastante com a concretude da prática educativa. Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. ”(Freire, 1996.p.103). É necessário romper com algumas ideias pré- estabelecidas e abrir a mente para novas ideias e principalmente ter a coragem de lutar por uma ideal, mas não um ideal utópico e não fundamentado e enraizado através de pensamentos, interligados com atitudes, pois se não tenho a clareza disso, posso cair em falácias, esta qual ainda prevalece não somente no ambiente escolar, mas em nossa sociedade, não posso generalizar, pois muitos pensam e agem para uma nova visão de cidadão.
“Quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. ” (Freire, 1996.p.23). Penso que como futura educadora devo observar as crianças e acima de tudo não rotular nenhuma, pois todos nós estamos em um processo constante de transformação e aprendemos a cada dia, pois somos eternos estudantes da escola da vida.

domingo, 15 de novembro de 2009

Esse foi o trabalho feito em grupo para a disciplina: Didática II, sobre Janusz Korczak:
Vou colocar uma frase do autor que nós colocamos em nosso trabalho:


“... Não posso viver confortavelmente. Sinto vergonha de ter o que comer, quando sei que as crianças têm fome; tenho desgosto de sorrir, quando vejo ao meu redor faces jovens atormentadas...”
Janusz Korczak



1.Trajetória de vida do educador

Henrik Golszmit nasceu na Polônia em Varsóvia dia 22 julho de 1878, vem de uma família judia onde seu pai trabalhava como advogado, sendo mais tarde atingido por uma doença mental na qual acarretou a sua morte, deixando para Korczak a responsabilidade de sustentar sua mãe e sua irmã, foi então que ele começou a procurar as soluções para as dificuldades.

A partir de então ele começou a dar aulas particulares, conseguindo concluir sua faculdade de medicina e se formou em médico pediatra nos hospitais de Berlim e Paris, trabalhando sete anos num hospital infantil e logo depois quatro anos na Primeira Grande Guerra, mas seu interesse por crianças foi crescendo e começou a se dedicar por educação, sendo muitas vezes educador em colônias de férias.
Como gostava muito de literatura resolveu inscrever-se em um concurso literário e foi a primeira vez que usou o pseudônimo de Janusz Korczak, nome esse que teve inspiração do livro Janasz Korczak and the pretty Swordsweeperlady escrito por Józef Ignacy Kraszewski
Em 1901, quando Janusz viajou para Zurique, onde aprofundou seus estudos sobre a obra de Pestalozzi, Korczak mostrava grande interesse pelas crianças carentes, neste mesmo ano publicou o artigo “As crianças de rua”, e anterior a este ano já havia publicado sete artigos intitulados “ Crianças e educação”.

Korczak foi influenciado à frequentar a faculdade de Pedagogia, por Stefa Wilczinska, filha de judeus aristocráticos de Varsóvia, onde entrou em contato com as obras dos pensadores da escola nova.
Onde observava todos os acontecimentos da escola tradicional e a escola nova e tinha inúmeras críticas pela forma tecnicista e autoritária e defendia a educação para a formação do cidadão ativo e participativo.
Não fez filiação a nenhuma corrente do pensamento pedagógico.Condenava o academicismo, a teoria educacional sem prática. Não se apoiava em autores de sua época para criar teorias novas, pois não era isso que queria consagrar sua vida. Em 1908 escreveu alguns artigos que criticaram a escola tradicional. E seu primeiro romance “A criança do salão”, que lhe deu fama e respeito como médico, escritor e educador.
A teoria não deixa de ser menos importante, mas o que ele chama à atenção é do seus fundamentos teórico que em sua visão era uma ação prática, dando grande destaque para os adultos em contatos com as crianças, a valorização das famílias, poetas e o momento presente.
Janusz deixou o hospital em 1911 e foi trabalhar em um orfanato criado por Stefa em Varsóvia, depois de formado em Pedagogia. Stefa criou o lar para crianças pobres e convidou Korczak para ser médico do orfanato. Aos poucos Korczak foi transformando o orfanato em uma Republica de crianças, organizada nos princípios da justiça, fraternidade, igualdade de direitos e obrigações. Depois ele viajou a diversos países (Suíça, Ítala, Holanda e Dinamarca), para conhecer os orfanatos e voltou decepcionado com as instituições que mais pareciam prisões. No dia 15 de abril de 1912, foi inaugurado o Lar das Crianças, destinado às crianças judias carentes, a ajuda financeira foi adquirida junto aos judeus ricos do país. Mas Korczak foi convocado à serviços de pediatria de dois hospitais e inspeção de três orfanatos em Kiev no inicio da Primeira Guerra Mundial em 1914. Nesse período, Stefa dirigiu sozinha o orfanato por quatro anos.
Korczak reassumiu o orfanato ao retornar, foi convocado a auxiliar na direção de outro orfanato em Prushkov, também foi chamado em 1930, para dirigir uma edição para criança ( La Petite Revue ligada a Notre Revue), as crianças eram responsáveis pela edição da revista, e contava estórias infantis na rádio, essa participação tornou-se permanente na vida do educador, pois em 1934 iniciou o programa “Velho Doutor” de aconselhamentos à pais, alguns desses aconselhamentos foram publicados em Pedagogie Avec Humour.
Além disso, ele escreveu vários livros, “Como amar uma Criança” (1º Sistematização de sua concepção pedagógica, de 1919), “ O Rei Mathias 1º” e “ O Rei Mathias em uma ilha deserta” ( livros infantis de 1923), “ Quando eu voltar a ser criança” (1925), “ O Direito da criança ao respeito” (1929) este ultimo livro foi adotado como base pela ONU, trinta anos depois.A crise econômica deflagrada em 1929.
Em 1940 o orfanato perde o comitê que o sustentava. A Gestapo ordenou a transferência do Lar das Crianças para uma casa pequena e suja no gueto de Varsóvia no ano de 1942, Janusz usou seu talento e energia para conseguir alimentação e medicamentos para as crianças do orfanato, tinha muita influência e prestigio, mas não fez uso disso para escapar do gueto e da morte, preferiu ficar ao lado das crianças (Relato desse período escrito entre maio e agosto registrado em “Memórias”.)
Em nenhum momento Korczak perdeu a esperança e os bons valores humanos.Sua sagrada missão: a luta pelas crianças carentes e abandonadas.“Fazer o mal? Não sei como isso se faz..”
Sua amoriosidade pelas crianças sempre esteve presente na sua vida e nas escritas (exercício que fazia por uma necessidade interior) se olharmos para ideologias e correntes científicas da época observaremos que Korczak era um pensador anacoreto, se preocupava com as crianças, pois”não basta amá-las, é preciso respeitá-lás e compreendê-las”.
Com a ascensão do nazismo na Alemanha começou a degradação da situação dos judeus na Polônia, “minha vida foi difícil, mas interessante.” foi assim que Korczak retratou sua trajetória. No dia 5 de agosto de 1942, foi arrastado com duzentas crianças para os trens que os levariam as câmaras de gás no campo de concentração de Treblinka onde morreu com 64 anos.



2. Contextualização do momento político/econômico/social

Sobre o domínio do nazismo na Alemanha em 1933, Korczak sofria com a política pró-nazista, e a situação dos judeus na Polônia só agravava, a pobreza entre eles era casa vez mais crescente, aconteceram expulsões de estudantes judeus das universidades. e muitos emigraram para Israel.
Korczak foi demitido da rádio em 1936, por ser judeu e neste mesmo ano viajou para Eretez-Israel e permaneceu por 20 dias em Ein-Harod, impressionou como era o tratamento dado as crianças.
Chegando a segunda Guerra mundial, na Polônia a situação estava crítica e Janusz cogitou a possibilidade de transferir o Orfanato para Ein-Harod, mas por falta de recursos não foi possível.as crianças quase sempre permaneciam no orfanato devido a perseguições sofridas com os judeus, elas não podiam fazer passeios fora da cidade, pois sofriam agressões de outras crianças polonesas jogavam pedras. Janusz passou pela época mais cruel obscura que o mundo teve.




3. Concepção de ensino, educação, aprendizagem,criança/aluno e professor



Preocupado com os problemas pedagógicos , introduziu o modelo de observação utilizado na medicina.
Rompeu com a pedagogia autoritária da época, na qual a criança era vista como oprimida e o adulto com sua superioridade poderia mandar e a criança obedecer.
Era capaz de amar uma criança graciosa e gentil, quanto a rebelde e má, pois sabia que todos deveriam ser amadas com a mesma intensidade. Valorizava o papel da afetividade na educação e na construção do conhecimento .
Janusz Korczak defendia a auto-gestão e isso era percebido através de várias atividades desenvolvidas dentro do orfanato. O quadro de avisos, caixa de cartas, vitrine de objetos achados, divisão do trabalho, reuniões, debates, jornal, tribunal, código do tribunal, juízes.Através da divisão de tarefas fazia despertar papel que cada um deveria ter, pois o trabalho não causa vergonha, pelo contrário ressalta a dignidade do indivíduo.
Os educadores que procuravam ajudar, orientar, mas nunca usavam de oposição, esperavam que alguma criança buscasse neles opiniões.
A pedagogia de Janusz Korczak é a do coração, do amor e o respeito à criança, souber perceber cada criança como um ser único e não subjugado como simplesmente criança que deve obedecer o adulto, pelo simples fator de ser adulto,que pensa saber muito mais.
Janusz não fez de sua vida uma página em branco, transmitiu para todos que o conheceu e que ler suas obras inúmeros valores, podemos destacar a Fé, Ètica e a Humildade, onde não se limitava em apenas dar a comida, apoio e carinho ele ia além,, ensinava como ser gente a ter ética nas aulas de responsabilidade coletiva. . Korczak viveu na pele todo os descaso que os nazistas prticava, em contra partida ele defendia a autêntica democrácia, contra todas as espécies de totalitarismo,'' Liberando as crianças da ditadura dos adultos” pois muitas delas são“Òrfãos,na casa dos próprios pais”.
Suas concepções e os trabalhos pedagógicos com as crianças carentes, não ficou restrito apenas nas 200 crianças de seus orfanatos, essa concepções era sobre tudo uma base de uma reflexão sobre a prática concreta da vida,
Korczak estava sempre se argumentando sobre as concepções de Froebel e de Maria Montessori, em diversos momentos criticava e em outros eram influênciados , sendo ele um dos primeiros educadores a dar importância ao rádio, o cinema e o teatro.
A auto -gestão das crianças e a arbitragem inter-pares, entre colegas estava sempre presente. Cada criança tinha o direito ao respeito e ao desenvolvimento da sua personalidade.



4. Propostas educacionais

Ressalta bastante a aplicação da prática pelos educadores, onde não se pode banaliza-la por teorias pedagógicas. “A realidade é sempre mais viva do que teoria”.
Defendia a autogestão pedagógica, pois sempre estava preocupado com questões sociais e acreditava em um trabalho com muita transparência. O ''Parlamento” e o “Tribunal” atualmente conhecido como o Conselho de Escola, eram alguns dos métodos da autonomia infantil que Korczak criou em seu Orfanato,onde tratava todos com muita seriedade e eram auto-assumidas, acreditando na importância das relações democráticas no processo educativo, a democracia estava até mesmo na pequenas coisas entre elas no plebiscito com votos secretos, caixas coletivas de poupança e empréstimo gerenciada por crianças, no ''centro de livros'' como se fosse uma biblioteca e no jornal O Semanário.
Constituiu a auto-gestão das crianças, trazendo as eleições,plebiscito,parlamento,tribunal,governo para a conscientização e responsabilidade de todos em uma sociedade.
Métodos educacionais aplicados na prática e em suas obras.Os métodos educacionais , a estruturas da escola, da pedagogia, das relações mestre/alunos e pais/filhos eram novas diante a corrente da época e é consideradas revolucionárias.


5. Repercussão de suas ideias na educação/sociedade

Embora o mundo inteiro ( Ocidente e Oriente ) estão reconhecendo seus métodos educacionais e percebendo a essência de suas obras, temos muito ainda a fazer pois é pouco conhecido em nosso continente.



6. Livro: O direito da criança ao respeito

6.1 Menosprezo e Desconfiança


Desde pequenos costumamos escutar que o grande é melhor, que ser pequeno não é bom, pois não conseguimos alcançar nada, não podemos nada. Para sermos respeitados e admirados temos ser grandes, por sermos pequenos, somos esquecidos, nossas necessidades nunca são vistas, somos fracos.
Nós adultos usamos nossa força, para impedir as crianças, forçá-las a fazer o que nos convém e a criança aprende depois de muito tentar que não deve resistir. E através da nossa atitude como adulto, que a criança aprende a menosprezar o que é fraco, mas acontece que hoje o que nos defende de qualquer mal não é a força muscular, mas sim o intelecto, o saber.
Sempre tem alguém querendo decidir sobre o futuro das crianças, mas ninguém se dá o trabalho de perguntar à elas o que acham disso, ninguém está preocupado com o que elas sentem e desejam, tomam decisões que podem fazê-las sofrer, anulando-as como seres humanos (pensantes).
Tudo que oferecemos às crianças, alimentação, educação, não são de graça cobramos tudo, esperamos que elas sejam o queremos e não o querem ser. Pensamos e sabemos tudo, que caminho seguir, o que fazer, o que não fazer, a criança não pode nada, não sabe nada, não tem nada, seja o que for que a criança vai fazer, antes de qualquer coisa é proibido, não pode tocar em nada, se a criança quiser ganhar algo precisa provar que merece o que quer, tendo um bom comportamento, a criança depende de nossa boa vontade. Tratando as crianças como; quem não pensa; quem não sabe nada, que nada advinha e pressente estamos menosprezando-as.
A criança vive cada momento intensamente, elas apreciam e brinca com coisas que passam despercebidas aos olhos dos adultos, e nós poderíamos fazê-las felizes com muito pouco, mas menosprezamos a forma com que vivem a vida. Comparamos a criança a um criminoso, mal intencionado, que erra de propósito, que gosta do perigo, que não costuma dar ouvidos a conselhos, olhamos para as crianças como suspeitos, menosprezamos e desconfiamos delas.



6.2 Má vontade

Apesar de amarmos as crianças e sabermos de sua importância em nossas vidas, porque a consideramos um peso ou incomodo? . Como se fossem culpadas pelas brigas, dores, inquietações e despesas. Até mesmo o choro e o ato de trocar fraldas e o simples fato dos bebês não falarem, nos irritam. E quando finalmente começam a falar e andar incomodam do mesmo jeito, pois começam a mexer em tudo, esconder-se em todos os cantos, quebrar objetos, tirando-nos o sossego.
Todos os envolvidos; pai, mãe, babá, cozinheira querem interferir e dizer o que é melhor para a criança, algumas acabam castigando-a contra a vontade da mãe.
Ficamos esperando que a criança seja o que gostaríamos que fosse e acabamos nos decepcionando, inclusive que a criança deveria saber reconhecer o que fizemos por ela, que poderia obedecer, renunciar, compreender tudo em troca do que já lhe demos.


6.3 Direito ao Respeito

Nos referimos a criança como se ela não existisse, mas que um dia passará a existir, quando se tornar um adulto, acontece que isso não é verdade, pois as crianças existem, são nossos companheiros e a vida que levam não é brincadeira, a infância é um período importante da existência de um homem.
Na Grécia e Roma, existia uma lei fria que permitia matar crianças, elas eram vendidas a mendigos no século XVII e as menores eram dadas de graça. E isso existe até hoje, inúmeras crianças quando se tornam um incômodo são abandonadas, essa atitude só cresce, são muitas, cada vez mais o números de crianças largadas, maltratadas e exploradas, existe uma lei que as protege, mas talvez essa lei não seja tão eficaz, não as ofereça garantias, e precisa urgentemente serem revistas.
Não damos as crianças o que lhe é de direito, se tivermos que dividir uma herança, quanto dessa fortuna é de direito da criança? E referindo-se ao governo , quanto do dinheiro público é destinado ao povo infantil? . Talvez estejamos nos apropriando do que não nos pertence, não estamos dando as crianças o que lhe é de direito, oferecemos a elas um espaço pequeno, pobre, abafado, sem grandes novidades e cheio de regras.
A escola é introduzida em suas vidas de forma obrigatória, tendo elas que conciliarem interesses de seus pais e de suas escolas que são completamente contraditórias. Esses conflitos entre a escola e a família afetam a criança, pois a família é a favor da escola quando ela acusa a criança, às vezes injustamente, mas não concorda com o que a escola propõe impor à criança.
Os adultos muitas vezes impõem normas impensadas, sem reflexão crítica, e a criança fica chateada, magoada com tanta bobagem e agressividade dos adultos. A criança é capaz de ter todos sentimentos de um adulto, lembrar de coisas marcantes, saber apreciar e desprezar, ela também erra, confia e dúvida. E nós costumamos magoar as crianças em vez de lhe dar informações necessárias, mesmo negando isso a elas, as crianças vão buscar essas informações junto a outras pessoas de sua confiança. Somos injustos com a criança, tudo que ela faz está errado, é motivo para reclamações, é merecedor de uma bronca, a criança muitas vezes chora, mas essas lágrimas não são bem vistas, são mal entendidas, são consideradas como birra e teimosia, mas não percebemos que é uma forma dela reclamar, protestar contra nós adultos que querendo ou não a fazemos sofrer.
O orçamento da criança deve ser respeitado, pois elas sentem vontade ou necessitam de algo que não podem comprar e nem pedir a ninguém, isso acaba resultando nos furtos, que nos serve como alerta de que a criança precisa de orçamento, ela necessita de muitas coisas, assim como nós, mas a diferença é que o dinheiro e o poder estão em nossas mãos, portanto não enxergamos a criança e achamos que ela não precisa de nada além das bugigangas que lhe damos.



Referências Bibliograficas

ABRAHAM, Bem. Janusz Korzack: Coletânia de pensamentos. 6 ed.São Paulo: Associação Janusz Korzak , 1986
DALLARI,Dalmo de Abreu; KORCZAK,Janusz.tradução Yan Michalski.O direito da criança ao respeito.São Paulo:Summus,1986
Boletim 04, Associação Janusz Korczak do Brasil.São Paulo, 1997
Boletim 05, Associação Janusz Korczak do Brasil.São Paulo, 1999
Boletim 06, Associação Janusz Korczak do Brasil.São Paulo:2002
www.ajkb.org.br


Esse texto foi feito em grupo para a disciplina: Política de Atendimento à Infância.
Tem o relato de uma palestra que duas integrantes do grupo participaram!
Fizemos uma visita a Associação Brasileira de Dilesxia

1. Introdução

A dislexia é caracterizada por dificuldade na aprendizagem, na escrita, leitura, portanto não é resultado de má alfabetização, baixa inteligência, condições sócio econômicas, mas em alguns casos, podemos perceber a hereditariedade, com alterações genéticas e do padrão neurológico. Como identificar a dislexia em crianças ou mesmo em indivíduos já alfabetizados, mas não podemos generalizar que todos são identificados na idade escolar, mas na escola é um local onde a percepção para ficarmos atentos se determinada criança sofre deste distúrbio.Mas a escola não tem autonomia para fazer essa identificação, é realizada através de uma equipe multidisciplinar, formada por Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica,mas não está restrito somente a esses profissionais, em algum caso, a equipe poderá também ter Neurologista, Oftalmologista e outros.Na idade escolar os educadores devem ficar atentos a alguns sinais que podem identificar se determinada criança tem dislexia, como disgrafia (letra feia), discalculia, dificuldade com a matemática, na assimilação de símbolos e de decorar tabuada; com a memória de curto prazo e com a organização, dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar sequências de tarefas complexas, compreensão de textos escritos, dificuldades com a linguagem falada, confusão entre direita e esquerda, em aprender rimas e canções, com quebra cabeça, fraco desenvolvimento da coordenação motora, falta de interesse por livros impressos, troca de letras na escrita. Por isso a observação do educador em sala de aula é grande importância para a identificação da dislexia, claro que ele não pode diagnosticar o distúrbio, mas pode auxiliar a criança e seus familiares para procurarem ajuda.


2. A Associação Brasileira de Dislexia

Em 1983 nascia a Associação Brasileira de Dislexia, mas nesse momento era um local para estudos, troca de informações, divulgação da dislexia, mas com o passar do tempo foi tomando uma proporção maior e esse local não ficou só restrito a esses fatores, mas sim a identificação e auxílio para indivíduos que buscam os serviços deste local.A associação tem um trabalho multidisciplinar para identificação da dislexia,mas freqüentemente a criança em idade escolar, mas em alguns casos, algumas mães por procurarem o serviço acabaram descobrindo que tinham e assim também iniciaram um acompanhamento. Os serviços que oferecem entre eles são: Atendimento a pais, familiares, escolas, profissionais clínicos, encontro com disléxicos e reuniões com os pais, diagnóstico multidisciplinar,e outros.Para ter o atendimento na associação são necessários alguns requisitos, entre eles podemos ressaltar, alunos da Rede Pública de Ensino da capital e grande São Paulo, com idade entre 06 e 18 anos, estudantes do ensino fundamental e médio, e que comprovem ausência de recursos financeiros.Os documentos necessários são: encaminhamento da escola, feito em papel timbrado oficial, assinado e carimbado pela Coordenação Escolar, que relate o motivo do encaminhamento, comprovante de residência,comprovante de gastos mensais: contas de água, luz, telefones fixo e celular, comprovante de renda (carteira de trabalho ou declaração do patrão,com o valor recebido mensalmente), mas para ser atendido existe uma fila de espera.



Estratégias com o disléxico em sala de aula

Palestrante: Silvana Chataguiner Profissão:
Pedagoga e psicopedagoga
(Foi professora durante 15 anos)
Qual o motivo de discutir dislexia?
15% da população é disléxica No surgimento da doença dislexia os únicos especialistas que diagnosticavam e abordavam a doença eram os médicos e os psicólogos, faltava uma abordagem dos pedagogos, por falta de conhecimento sobre a doença, hoje em dia o número diminuiu, tem mais professores buscando conhecer a doença.

Curiosidade
15 a 20% da população da Bélgica tem dificuldades em aprendizagem.

Definição da dislexia

Tem todas as condições para ler e escrever, mas tem dificuldades de decodificação além de ter uma memória de curto prazo.Só da pra saber quanto uma criança tem dislexia quando está na escola na fase da alfabetização.Algumas dificuldades de aprendizado:- dificuldade de juntar as letras e as sílabas.- tem memória de curto prazo.- cada palavra lida é como se fosse a primeira vez que está conhecendo.


Diagnóstico

Muitos profissionais envolvidos para diagnosticar um disléxico.-fonoaudiólogo- psicopedagogo- neurologistaTambém acontece de dar um diagnostico falso, quando é alfabetizado mais cedo fora da idade ou por ser imatura.

Alguns métodos de ensino para disléxicos utilizam o método fônico e global.

Falar é natural e ler não é!Por nossa sociedade necessitar da leitura e escrita, muitas pessoas são discriminadas.


Evolução e desempenho de um disléxico

Geralmente largam a escola, muitos não chegam no nível superior, geralmente quando não tem acompanhamento de um especialista.


Consequências da dislexia

Levam muitas broncas por serem muito esquecidos, são mais lentos e demorados para entender alguma brincadeira ou explicação.Tudo para ensinar tem um disléxico tem que ser concreto, onde ele possa tocar com relevos.Geralmente fazem bagunça para chamar atenção, por sempre ficarem pra trás. Não tem prazer em ler pela leitura ser muito difícil.


1º caso:

8 anos
Frequenta terapia a 3 anos
Notas baixas
Auto estima baixa Poucos amigos


O que foi feito?

Trabalho pedagógico
Reforço positivo
Leitura das provas
Insistência no diagnóstico


Como ficou?

-melhorou a nota
-controlou a urina
-auto estima subiu
-arrumo mais amigos

Eles mesmos se dão alta quando percebem até onde conseguem ir, se necessário voltam com a terapia.Inicialmente são mais esforçados depois alguns acabam desistindo do tratamento por cansarem.


O que o professor pode fazer?

- tratar com naturalidade o aluno.
-usar linguagem direta, clara e objetiva
-1 instrução por vez -falar olhando
- certificar o que ele entendeu
- verificar se fez anotações da aula.
- estimular no que ele é bom. (se sentir importante)
- não forçar a ler em voz alta.

É preciso conscientizar todas as pessoas da escola, coordenador,professores e diretores é necessário que todos conheçam e saibam lidar com essa doença, por isso a importância de buscar palestras e congressos que fale sobre o assunto.

Referências bibliográficas

www.abd.org.br

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Essa é a primeira postagem que coloco do 3ºsemestre: Foi a primeira avaliação das disciplinas Gestão Educacional e Pesquisa e Experiência em Gestão Educacional


Assistimos o Filme: Quando tudo começa e depois em sala de aula tivemos discussão sobre o como era gestão do diretor do filme e a professora fez uma proposta para que fizéssemos uma carta para o gestor, mas intercalando com os textos que lemos em sala de aula, essa atividade foi feita em dupla e eu fiz com a Nádia. Vou colocar aqui a carta que escrevemos para o Daniel, o personagem do filme

Olá Daniel


Somos estudantes de Pedagogia, temos as disciplinas Gestão Educacional e Pesquisa e Experiência onde tivemos a oportunidade de conhecermos o seu trabalho.
Temos inúmeros questionamentos desde contradições até concordância e iremos intercalar com alguns autores.
Começaremos a falar sobre um ponto que nos tocou em que você estabeleceu um trabalho com a comunidade em que trouxe um pai de uma aluna para mostrar uma profissão e incentivando o próprio profissional para que fosse a escola e sabendo que o veiculo não era dele e você se propôs a conversar com o patrão para que pudesse autorizar. Com essa atitude fez surgir nas crianças o interesse de conhecer um meio de transporte, trazendo a imaginação da criança que ao ver o guindaste faz a comparação com a mão de um pirata, percebemos sua intencionalidade nesta ação e seus objetivos pedagógicos que são estimular as práticas de participação popular.
Em contra partida observamos que sua gestão não é tão democrática, apesar de você ser idealista, que todos tinham o direito a escola. Se pensarmos em democracia vemos a participação e a possibilidade de todos terem voz, isso é tão importante, pois quando a situação mudou e que você participou de uma reunião e não pode expor seus pensamentos e percebeu que o sistema é muito burocrático e em um pais como a França ter 4 assistentes sociais para 4 mil casos, uma pediatra para 5 mil crianças. Com todo esse acontecimento recordamos uma pensamento de Vitor Paro no qual diz que a escola interfere na sociedade seja ela para transformar ou continuar o sistema de alienação.
Em um outro momento a mãe deixa a criança na escola e quando volta está alcoolizada e sai correndo e não leva seus dois filhos e você diz: “Tudo sempre sobra para mim”, faz um questionamento com uma outra pessoa que está contigo, então resolve ligar para a assistência, mas nada de resolver, então decide ir sozinho levar as crianças, uma atitude de autonomia, como ninguém resolveu, foi e fez, afinal como diz Paulo Freire, “Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém”. Quando chegou na residência se deparou com uma cena que provavelmente não queria ver,aquela mãe vivendo em condições precárias, sem ter eletricidade, questões básicas para viver. Já interligando uma fala da pediatra que reclama com o representante do governo e ele diz que não pode fazer nada, isso demonstra o descaso com a classe desfavorecida. Neste momento fazemos uma ligação com um pensamento de Libâneo onde cita a classe dominante que através dos meios de comunicações manipulam a classe popular, sabemos que no seu caso não era necessariamente os meios de comunicações, mas sim todo um sistema.
Um outro ponto que queremos ressaltar é a questão quando uma professora puxa o cabelo da criança, você teve todo o cuidado de mostrar para ela que estavam equivocada a ter feito aquilo, e ainda fala que todos perdem a paciência, isso demonstra que devemos manter o equilíbrio e não estamos atentos para não cometermos esses atos, é preciso observar sempre a nossa prática.
Você estabelecia um diálogo com os professores tentando resolver os problemas,escutando os questionamentos o observações de todos envolvidos dentro da escola.
Em nenhum momento você julgou as atitudes dos pais,a mãe que tinha problemas com alcoolismo, já uma outra pessoa quando vocês conversavam em um restaurante, começou a julgar e tirar conclusões e disse que não poderia cuidar de todo mundo e iria fazer o pedido para o conselho municipal e ainda disse para você ter paciência.
Quando você e sua namorada levaram comida para uma família e nos fazemos um questionamento, qual o .limite para o envolvimento de um diretor na vida de um aluno e sua família. Sabemos que a todo momento está acontecendo coisas com cada criança, como já falamos sobre a importância da democracia, as escolas estão responsáveis em promoverem saberes , procedimentos, atitudes e valores, contudo a organização de uma gestão retrata suas ações e você como gestor delegar o dever a cada profissional, seu trabalho não ficaria tão sobrecarregado trazendo-lhe em alguns momentos um trabalho penoso, complementamos com frase de Vitor Paro “hoje a principal falha da escola com relação a sua dimensão social parece ser sua omissão na função de educar para a democracia”.
Uma cena forte foi quando saquearam a escola, todos se reuniram para arrumarem a bagunça, neste momento percebemos o comprometimento de todos para organizar novamente a escola e quando isso acontecia uma assistente social chega e é tratada por você com indiferença, pois já está cansado do descaso da prefeitura,mas essa assistente chegou e disse que precisavam de ajuda e ainda afirmava que muitos não ligam para aqueles que precisam de auxílio.
Depois de você saber que quem estava envolvido no arrombamento da escola era o filho de sua namorada ficou nervoso e perdeu o controle e não teve uma atitude correta, quando deu um tapa na cara do menino, com essa sua atitude mostrou falta de equilíbrio e da mesma maneira que você falou da professora de ter puxado o cabelo da criança,afinal precisamos pensar antes de agir, para não cometermos erros que muitas vezes demoram para serem consertados e trabalharmos em nós o auto-controle.
Lembramos também quando os pais falam de tirar o filho da escola, você conversa com eles e diz que a escola se ensina a ler e a escrever e isso é muito importante, isso deixa claro o incentivo a acreditar no outro.
Ressaltamos seu relacionamento com o seu pai em que sua namorada questiona a forma que sele te tratava na infância e não apoiava seu namoro, estudamos no semestre passado a questão da memória em que não somos um ser sólido, temos uma história essa relação pode justificar algumas atitudes do presente, observamos que você soube lidar muito bem, mas queríamos enfatizar a questão onde muitas vezes você se responsabiliza por tudo, querendo abraçar o mundo, sendo que a educação tem vários objetivos, mas uma finalidade é “favorecer uma vida com maior satisfação individual e melhor convivência social”.
Estávamos conversando e observamos que em duas cenas o diálogo esteve presente mas de forma equivocada, quando o policial aborda os meninos, a conversa da mãe com o filho dentro do carro.
Temos visto que uma professora com toda sua experiência de docência faz muitas comparações, mas uma coisa que ficou foi a esperança que ela tem, uma qualidade igual a de um educador polonês em plena 2º Gerra Mundial estava preocupado com o direito da criança e pensava em uma educação humanista democrática e nunca desistiu de seus ideias, lutou até o fim por suas 200 crianças, então deixamos essa dica para você. Conhecer Janusz Korczak, não somente um médico, pedagogo, um exemplo para todos nós, educadores e futuros educadores.


Um abraço e quem sabe nos encontramos em outra oportunidade.


Nádia e Renata


Olha o comentário da professora para nós: “Vocês estão de parabéns! Ótima fundamentação, coerência e consistência."


quinta-feira, 18 de junho de 2009



Aqui está a "continuação" da proposta da professora:




Redigir um texto coletivamente sobre o cartaz, ou seja, sobre o trabalho realizado. Como apoio para esta redação, poderão utilizar citações do texto estudado.


Lembranças que nos fazem sorrir e chorar, mas que aprendemos a superar


O tempo entra em nossas vidas como uma representação simbólica do todo, conseguimos olhar para trás e enxergar o valor do amor, da família e do respeito, devido os momentos que passamos cada um com suas dificuldades, objetivos, superações e finalidades, nas quais nos deparamos com inúmeros obstáculos e sabemos que eles não passam de barreiras, mas uma coisa é certa todas elas são possíveis de serem executadas por nós, porque não há nenhum problema que não tenha sua solução.
Passando por vários momentos marcantes fomos descobrindo pouco a pouco coisas boas e prazerosas e com isso encontramos alegria de viver, claro que para chegar até aqui tivemos um longo esforço em não guardar rancor, traumas e sofrimentos, a esperança foi à única maneira que encontramos para lutar. Esperança de dias melhores consequentemente um futuro feliz.
Entre nossas conversas descobrimos algumas coincidências de doenças presenciadas na família na qual respeitamos muito, pois a saúde é algo decisivo em nossas vidas e foi através dela que aprendemos a importância de ter atenção com o próximo.
Se pensarmos nos acontecimentos vividos por nós no período escolar, podemos relatar fatos positivos e negativos e tirarmos lições que não usaremos quando formos educadoras.
“Fiz sempre deste jeito e deve ser certo. Ah que saudades dos alunos de antigamente!”. “Nessa cristalização, enfraquece a condição preciosa de ousar outras formas de ensinar e de pensar, em que a memória ganha importância e outros significados”.
O texto acima da um exemplo de um pensamento cristalizado com as suas memórias antigas e que não tem nenhuma vontade de mudança. Às vezes aprendemos muito com os acontecimentos antigos, algo que fizemos e que não gostaríamos de repartir ou de relembrar, mas são trazidos pela memória, ou algo vivido que ficou marcado e que podemos usar para o futuro e fins melhores.
No caso do nosso grupo mudanças ocorreram por reflexões de fatos acontecidos no passado, fatos que foram mudados porque sentimentos foram envolvidos. Tudo na vida tem um porque, e todo porque uma explicação, que por muitas vezes não conseguimos enxergar, mas de uma coisa é certa tudo é pra nos ensinar a viver cada dia mais como se fosse o último. Jamais devemos desistir dos nossos ideais e a esperança é e sempre será a última a morrer.




No início do semestre a professora de Projetos Especiais II pediu para:


Fazer um cartaz que expresse pelo conjunto de imagens o que compartilharam no grupo.

O que há em comum e o que há de diferente : nos relatos (fatos e processo) do grupo.







terça-feira, 16 de junho de 2009

A professora de Didática I pediu para fazer a avaliação em dupla e eu como sempre quis fazer sozinha, deve ser que sou antissocial, então comecei a fazer o texto sozinha, mas a Nádia chegou e praticamente me "obrigou" a fazer com ela, então fui fazer né!, rsrsrs

Olha nossa conversa ai!, sim é conversa, a avaliação foi uma conversa:

Renata:
-Eu pensava na educação como instrumento de transformação, mas hoje vejo que essa frase é praticamente falácia, pois o importante não é só falar, mas sim agir para essa transformação.


Nádia:
- A educação é uma forma de conscientização, e quando ela passa a ter um sentido na sua vida acontece a “transformação”, transformação essa que faz você se conhecer, aprender seus limites, construir seus valores.


Renata:
- Através desse auto conhecimento e mudando a si mesmo, os pensamentos , a transformação acontece, pois essa transformação não é quando seremos educadoras, mas sim em sala de aula, saindo do senso comum e adquirindo conhecimentos e nos construindo como futuras educadoras.


Nadia:
- Falar sobre o papel do educador para nós que estamos no segundo semestre ainda é muito difícil, não que não temos clareza do papel de educador, mas por estarmos em uma construção de educador, por seu papel é muito amplo.
- Uns dos papéis do educador é ser mediador, consequentemente ter clareza e compreensão do seu papel político.


Renata:
- O educador tem que ter consciência do seu papel, pois na escola é um ambiente de socialização, onde a criança começa a interagir como o outro e o professor precisa ter humildade para saber lidar com muitas inquietações que as crianças vivem, como pode transmitir conhecimento, mas não perder a essência de ser criança. Ensinar de uma forma mais branda e que a criança goste de aprender, que seja prazeroso.

Nádia:
- Nessa construção de saber, o papel do educador, um dos textos que auxiliou foi: “Professora sim, tia não, do Paulo Freire, onde fala de muitas qualidades que um educador deve ter para assim ter uma prática educativa mais humanista.


Renata:
- Muito importante para o educador é saber observar e assim registrar essas observações.

Nádia:
- Dar significados para as coisas que vamos passar.
- O educador precisa observar o brincar, pois quando se brinca a criança também aprende, pois introduz sua realidade.
- O registro na vida do educador é de extrema importância, pois tem a compreensão do seu próprio trabalho, dando oportunidade de ampliar sua visão e ter noção de sua autoria.


Renata:
-Através dessa observação e registro o professor começa a pensar práticas que valorizam a construção do conhecimento, pude perceber através do texto: “O pulo do sapo”, e assim mudar práticas que quase sempre não somam muito para a educação.
-As experiências da pesquisa foi de grande importância, pois pude observar que em algumas escolas a construção do conhecimento é muito limitado e é ainda como eu estudava, a base de cópia. Isso me preocupou e me deixou em observação como futura educadora, se eu realmente quero uma educação de transformação, tenho que transformar a mim primeiro para depois transformar o meio que vivo.
- Então tenho que me observar e claro observar o meu próximo e saber que todos estamos em um processo de construção de educação e educador. Saber que tipo de educação que quero para a minha vida.


Nádia:
- A pesquisa feita com os professores e com as crianças me fez pensar nas minhas próprias atitudes na prática em sala de aula e fazer uma reflexão que tipo de educação quero para a minha vida.


Olha o comentário da professora para nós:

Boa reflexão

Precisa escrever sobre as modalidades de organização do conteúdo.







domingo, 14 de junho de 2009

Esse foi o texto da segunda avaliação de "Educação Inclusiva:

Elaborar uma reflexão sobre a Lei 10.639/03 , sobre Educação de Jovens e Adultos (EJA) e também sobre Educação Inclusiva.


De grande importância à lei 10.639/03 para a educação brasileira, mas muitos não têm consciência da existência dela, então temos que relatar o significado e sua contribuição para o ensino brasileiro.
A lei é para incluir o estudo da História da África, podemos citar bem o artigo 26, pois visa no ensino fundamental e médio, é obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro- Brasileira.
Penso que demorou muito para isso acontecer, pois se pensar como a cultura do negro sempre foi transmitida na escola, a imagem que temos é do negro escravo, povo sofrido e por uma atitude de caridade da tal princesa que resolveu ser boa e beneficiar os negros, isso é uma total falta de consciência e clareza dos fatos históricos.
Essa lei veio para a valorização de uma cultura que nós brasileiros acabamos esquecendo, pois simplesmente não damos o verdadeiro valor, porque ainda em nosso país existem pessoas que continuam com preconceito, que ao meu ver é total atraso para uma sociedade.
Temos que valorizar a Historia da África, pois é um pouco da história do Brasil. Para termos uma sociedade melhor que saiba dar valor a cultura de um povo é de muita importância estudar e principalmente desde pequeno, pois assim já desde cedo construiremos uma sociedade que não tem preconceito e saiba valorizar as diferenças, mas não podemos esquecer de jovens e adultos que em idade escolar que não puderam frequentar a escola, então temos que pensar neles e traçarmos uma educação voltada para eles e também valorizar toda cultura e história da África.
Se pensarmos na historia da Educação de Jovens e Adultos (EJA) perceberemos que apresenta variações ao longo do tempo. Inicialmente a alfabetização de adultos foi para ler e escrever, mas percebemos que mudou e não ficou limitado somente a esse fator.
Temos que dar oportunidades a jovens e adultos que precisaram abandonar a escola, muitas vezes para trabalharem e ajudarem suas famílias e não conseguiram conciliar trabalho com estudo. Depois de perceberem que o mercado de trabalho estava mais exigente em relação à formação, alguns jovens sentiram a necessidade retornarem seus estudos, então aí que a educação de jovens e adultos (EJA) surge como um instrumento de transformação para eles.
Frequentar a escola indiferente qual a idade, é algo muito estimulante, pois a educação é a janela para um mundo novo, a construção do conhecimento e saber.
A história do EJA tem muito das ideias do educador Paulo Freire, pois tinha um propósito de uma educação libertadora, na qual educador e educando devem caminhar juntos para transformação, não somente na vida de cada indivíduo, mas sim na sociedade, pois no momento que o cidadão muda seus atos e renova seus pensamentos os reflexos são vivenciados na sociedade.

Com toda essa reflexão sobre lei e educação de jovens e adultos, me vem a mente qual o significado da disciplina Educação Inclusiva, minha visão no começo do semestre era bem limitada, mas ainda bem que foi mudando a cada aula que tinha, educação inclusiva vai muito além de deficiência, mas sim dar oportunidades aqueles que por algum motivo não tiveram e não tem acesso a educação, pois se falamos em incluir é porque tem exclusão e se queremos transformar uma sociedade temos que parar de sermos limitados e rotularmos as pessoas com rótulos que só nos fazem mal, temos que viver numa sociedade onde o ser seja muito mais importante do que ter, o que quero dizer com isso.Quero expressar que temos que ser mais humildes, mais solidários, mas não confundir com paternalista, pois fica uma visão deturpada, temos que ser menos excluídos e sim incluídos.
Estamos num curso de formação de educadores, mas afinal que tipo de educação e educador queremos para nós, se em um curso de Pedagogia não nos dá suporte para construirmos uma sociedade mais justa, com acessibilidade para aqueles que precisam, um curso que exclui uma disciplina “Braille”, será realmente que está preocupada com uma educação inclusiva, ou simplesmente quer formar educadores mal preparados e alienados em questão de inclusão.
Não posso aceitar que ainda vivemos em uma sociedade dominada por pensamentos egocêntricos que só se preocupam em formar educadores para terem os melhores empregos e ganharem os melhores salários.
Será que o conceito de educação inclusiva ainda é uma utopia, não posso acreditar, quero que seja uma realidade, então se quero que como uma realidade eu mesmo tenho que me libertar de muitos pensamentos pré–estabelecidos e também de falácias, pois daqui a pouco posso repetir palavras que só servem como discurso pronto de muitos demagogos que caminham por aí pelas universidades, ruas, e acreditam ser transformadores de realidade.
Não sei ao certo qual finalidade eu tive nessa minha última fala, pois estou em um processo de construção e muitas vezes tropeço e erro feio, mas a inquietação toma conta de mim e me faz questionar muitas coisas, mas que agora termino por aqui, pois não sei o que me espera para o próximo semestre, mas o que fica é a certeza da mudança em minha vida, pois não quero sair da universidade como entrei, quero sair transformada em meu ser e no meu pensar.


Renata Fernanda
Esse texto foi a primeira avaliação de Educação Inclusiva

A partir da leitura do texto “Vivendo o preconceito em sala de aula” de Alice Itani, responda como o preconceito se manifesta?


Se pensar como o preconceito se manifesta posso afirmar com base no texto da Alice Itani, que preconceito é um pré-conceito de algo, o que seria exatamente, é uma ideia pré-estabelecida de determinado assunto sem conhecer, temos ‘pré-conceito” em alguns aspectos, afinal não conhecemos, mas a partir do momento que os conceitos ficam claros, então esse pré- conceito pouco a pouco é retirado, mas se continuamos a ter conceitos pré-estabelecidos é aí que o preconceito é instalado.
A intolerância é a manifestação mais obvia do preconceito, pois deixa os olhos fechados para o esclarecimento dos fatos. Podemos citar fatos de intolerância, a inquisição na idade média, segunda Guerra Mundial., etc.
Vivemos numa sociedade capitalista onde as pessoas vivem em condições socioeconômicas diferentes e a desigualdade é presente. O preconceito é revelado em atitude partenalista da caridade, pois algumas atitudes por exemplo o ‘dominador sobre o dominado”, que é tratado como simples objeto e não como sujeito, autor da sua própria história.
A linguagem é outra forma de preconceito, por em algumas situações presenciamos diálogos, como por exemplo: “pessoa de cor, a coisa está preta,”, podemos observar atitudes de preconceito quando uma mulher está no volante, muitas vezes escutamos piadas do tipo: “mulher do volante perigo constante”.
Podemos citar também a intolerância com os homossexuais que algumas vezes são perseguidos por grupos de total intolerância.
Precisamos construir atitudes de tolerância e perceber que o diferente é algo tão natural,pois vivemos numa sociedade com etnias, religiões, opção sexual diferente, e aceitar cada ser humanos como único e como sujeito e não como simples objeto de uma sociedade.
Temos a todo momento que estarmos abertos ao novo e não termos atitudes pré-estabelecidas, pois muitas vezes o preconceito é instalado e falamos ainda bem assim: “Ah, não gosto de determinada coisa, pois tenho o direito de não gostar”.Agora me pergunto, será que em algum momento já tive atitude de pré-conceito?


Renata Fernanda
Essa foi a proposta da professora de Didática I

Elaboração de um texto tendo como base o texto do Paulo Freire: Professora sim, tia não, integrando as reflexões sobre o filme: Escritores da liberdade.


Reescrever um texto de Paulo Freire interagindo com as reflexões do filme escritores da liberdade. Paulo Freire sempre tem algo para inquietar e pensar.
No texto ele cita virtudes que as educadoras e educadores devem adquirir, mas é um processo de auto avaliação e melhoria em fatores que quase sempre estão interligados.

Como Paulo Freire mesmo disse: ninguém sabe tudo, ninguém ignora tudo. Todos sabemos algo; todos ignoramos algo. Afinal o ser humano vive em um processo de transformação. Reconhecer os pontos que devem ser melhorados em nós é uma atitude de humildade, reconhecer nossas falhas.
A arrogância e o autoritarismo estão juntos, pois é muito mais fácil embutir essas formas do que a prática democrática, afinal democracia necessita de aprendizagem.
A amorosidade é algo bem abrangente, pois não é somente ela que a educadora tem com seus alunos, mas também ter amorosidade ao processo de ensinar. Esse amor tem que ser um amor armado, aquele no qual tenha a coragem de lutar.
Como falar em coragem de lutar se muitas vezes somos tomados por um medo, seja ele de perder o emprego, de não ser promovido, isso faz com que estabelecemos limites ao nosso medo. Sentir medo não é fraqueza, mas algumas vezes inibidor de atitudes negativas, ajuda a pensarmos como devemos agir em certos momentos. Temos que controlar o medo para sim surgir à coragem.
Tolerância uma outra virtude importante para o trabalho pedagógico. Ser tolerante é conviver com o diferente e respeitar, para ser tolerante necessitamos nos desprendermos de ideias pré-estabelecidas, pois a intolerância é a manifestação de preconceito.
Entre paciência e impaciência que muitas vezes surge à alegria de viver, nesse momento dá para fazer uma reflexão sobre a professora do filme, pois em momentos ela teve paciência, não conhecia seus alunos e foi com essa virtude que e teve para conhecer eles. Foi observado quando ela teve a iniciativa de que eles escrevessem alguns relatos em um diário, ela tinha um propósito que não era somente conhecer o contexto de seus alunos, mas sim a elaboração de textos.
Se pensarmos na paciência, ela não pode ser aquela de acomodação, pois isso gera algumas atitudes assim: sempre fiz desse jeito e está bom. A paciência solitária é um puro blá, blá, blá, a impaciência só, gera ativismo irresponsável.
A professora do filme tinha muitas virtudes que Paulo Freire escreveu no texto: Professora sim, tia não. Ela amava seu trabalho e estava comprometida e por isso conseguiu fazer transformação na realidade de seus alunos, pois não observava eles como alunos problemas, mas sim, pessoas que poderiam mudar suas vidas, o resultado do trabalho dela foi o lançamento do livro, Transformou a vida deles, alguns conseguiram entrar na universidade, ela foi a única que acreditou neles.
Agora eu tento fazer uma reflexão sobre as virtudes que ainda não tenho e os pontos que devo melhorar para ser educadora.
Posso ter o discurso pronto e escrever aqui que tenho virtudes e que são pouco os pontos no qual devo melhorar, mas pelo contrário. Penso que tenho muitos pontos para melhorar, vivo numa inquietação constante e que devo melhorar muito.
A humildade de admitir que sempre tenho muito a aprender na vida. Não posso falar em tolerância com o meu próximo se algumas vezes não tenho comigo, me cobro todo dia em ser melhor como ser humano.
Paciência, já fui muito mais impaciente, penso que o tempo me ajudou a ter um pouco, mas sei que preciso ter mais, mas isso é um processo constante, o exercício da paciência.

Medo, o sentimento que muitas vezes já fez parte profundamente em minha vida e ainda faz. Tenho medo de falar algo para alguém e magoar, como isso já aconteceu, ou escutar algo que me magoou. Às vezes penso que o medo é meu aliado em alguns momentos, parece que me faz parar e pensar mais nas atitudes que devo tomar.




Renata Fernanda
Resolvi criar este blog para fazer dele realmente o nome "ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO"

Tudo nesta vida é construção e depende do "ponto de vista" de cada ser humano.

Eu estou num processo de construção e pensei muito se deveria escrever sobre esse momento, já estou no final do segundo semestre do curso de Pedagogia e achei interessante fazer essa reflexão no meu processo de construção do saber e conhecimento e claro na construção de educação e educadora que quero para mim.