domingo, 15 de novembro de 2009

Esse texto foi feito em grupo para a disciplina: Política de Atendimento à Infância.
Tem o relato de uma palestra que duas integrantes do grupo participaram!
Fizemos uma visita a Associação Brasileira de Dilesxia

1. Introdução

A dislexia é caracterizada por dificuldade na aprendizagem, na escrita, leitura, portanto não é resultado de má alfabetização, baixa inteligência, condições sócio econômicas, mas em alguns casos, podemos perceber a hereditariedade, com alterações genéticas e do padrão neurológico. Como identificar a dislexia em crianças ou mesmo em indivíduos já alfabetizados, mas não podemos generalizar que todos são identificados na idade escolar, mas na escola é um local onde a percepção para ficarmos atentos se determinada criança sofre deste distúrbio.Mas a escola não tem autonomia para fazer essa identificação, é realizada através de uma equipe multidisciplinar, formada por Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica,mas não está restrito somente a esses profissionais, em algum caso, a equipe poderá também ter Neurologista, Oftalmologista e outros.Na idade escolar os educadores devem ficar atentos a alguns sinais que podem identificar se determinada criança tem dislexia, como disgrafia (letra feia), discalculia, dificuldade com a matemática, na assimilação de símbolos e de decorar tabuada; com a memória de curto prazo e com a organização, dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar sequências de tarefas complexas, compreensão de textos escritos, dificuldades com a linguagem falada, confusão entre direita e esquerda, em aprender rimas e canções, com quebra cabeça, fraco desenvolvimento da coordenação motora, falta de interesse por livros impressos, troca de letras na escrita. Por isso a observação do educador em sala de aula é grande importância para a identificação da dislexia, claro que ele não pode diagnosticar o distúrbio, mas pode auxiliar a criança e seus familiares para procurarem ajuda.


2. A Associação Brasileira de Dislexia

Em 1983 nascia a Associação Brasileira de Dislexia, mas nesse momento era um local para estudos, troca de informações, divulgação da dislexia, mas com o passar do tempo foi tomando uma proporção maior e esse local não ficou só restrito a esses fatores, mas sim a identificação e auxílio para indivíduos que buscam os serviços deste local.A associação tem um trabalho multidisciplinar para identificação da dislexia,mas freqüentemente a criança em idade escolar, mas em alguns casos, algumas mães por procurarem o serviço acabaram descobrindo que tinham e assim também iniciaram um acompanhamento. Os serviços que oferecem entre eles são: Atendimento a pais, familiares, escolas, profissionais clínicos, encontro com disléxicos e reuniões com os pais, diagnóstico multidisciplinar,e outros.Para ter o atendimento na associação são necessários alguns requisitos, entre eles podemos ressaltar, alunos da Rede Pública de Ensino da capital e grande São Paulo, com idade entre 06 e 18 anos, estudantes do ensino fundamental e médio, e que comprovem ausência de recursos financeiros.Os documentos necessários são: encaminhamento da escola, feito em papel timbrado oficial, assinado e carimbado pela Coordenação Escolar, que relate o motivo do encaminhamento, comprovante de residência,comprovante de gastos mensais: contas de água, luz, telefones fixo e celular, comprovante de renda (carteira de trabalho ou declaração do patrão,com o valor recebido mensalmente), mas para ser atendido existe uma fila de espera.



Estratégias com o disléxico em sala de aula

Palestrante: Silvana Chataguiner Profissão:
Pedagoga e psicopedagoga
(Foi professora durante 15 anos)
Qual o motivo de discutir dislexia?
15% da população é disléxica No surgimento da doença dislexia os únicos especialistas que diagnosticavam e abordavam a doença eram os médicos e os psicólogos, faltava uma abordagem dos pedagogos, por falta de conhecimento sobre a doença, hoje em dia o número diminuiu, tem mais professores buscando conhecer a doença.

Curiosidade
15 a 20% da população da Bélgica tem dificuldades em aprendizagem.

Definição da dislexia

Tem todas as condições para ler e escrever, mas tem dificuldades de decodificação além de ter uma memória de curto prazo.Só da pra saber quanto uma criança tem dislexia quando está na escola na fase da alfabetização.Algumas dificuldades de aprendizado:- dificuldade de juntar as letras e as sílabas.- tem memória de curto prazo.- cada palavra lida é como se fosse a primeira vez que está conhecendo.


Diagnóstico

Muitos profissionais envolvidos para diagnosticar um disléxico.-fonoaudiólogo- psicopedagogo- neurologistaTambém acontece de dar um diagnostico falso, quando é alfabetizado mais cedo fora da idade ou por ser imatura.

Alguns métodos de ensino para disléxicos utilizam o método fônico e global.

Falar é natural e ler não é!Por nossa sociedade necessitar da leitura e escrita, muitas pessoas são discriminadas.


Evolução e desempenho de um disléxico

Geralmente largam a escola, muitos não chegam no nível superior, geralmente quando não tem acompanhamento de um especialista.


Consequências da dislexia

Levam muitas broncas por serem muito esquecidos, são mais lentos e demorados para entender alguma brincadeira ou explicação.Tudo para ensinar tem um disléxico tem que ser concreto, onde ele possa tocar com relevos.Geralmente fazem bagunça para chamar atenção, por sempre ficarem pra trás. Não tem prazer em ler pela leitura ser muito difícil.


1º caso:

8 anos
Frequenta terapia a 3 anos
Notas baixas
Auto estima baixa Poucos amigos


O que foi feito?

Trabalho pedagógico
Reforço positivo
Leitura das provas
Insistência no diagnóstico


Como ficou?

-melhorou a nota
-controlou a urina
-auto estima subiu
-arrumo mais amigos

Eles mesmos se dão alta quando percebem até onde conseguem ir, se necessário voltam com a terapia.Inicialmente são mais esforçados depois alguns acabam desistindo do tratamento por cansarem.


O que o professor pode fazer?

- tratar com naturalidade o aluno.
-usar linguagem direta, clara e objetiva
-1 instrução por vez -falar olhando
- certificar o que ele entendeu
- verificar se fez anotações da aula.
- estimular no que ele é bom. (se sentir importante)
- não forçar a ler em voz alta.

É preciso conscientizar todas as pessoas da escola, coordenador,professores e diretores é necessário que todos conheçam e saibam lidar com essa doença, por isso a importância de buscar palestras e congressos que fale sobre o assunto.

Referências bibliográficas

www.abd.org.br

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