Não tem como esquecer o que ele fez para a educação
Ah, eu falo de Paulo Freire!
Paulo Freire, onde você estiver, você foi o CARA!
SIMPLESMENTE UM HOMEM QUE FEZ E AINDA FAZ A DIFERENÇA

“A questão da coerência entre a opção proclamada e a prática é uma das exigências que educadores críticos se fazem a si mesmos. É que sabem muito bem que não é o discurso o que ajuíza a prática, mas a prática que ajuíza o discurso.” (Freire,2008.p.25). Isso demonstra a experiência que tive no estágio, pois as práticas observadas por mim foram incoerentes com o discurso feito pelas educadoras no início do meu trabalho de observação. Na qual falavam sobre amorosidade com as crianças, mas que na vivência com as mesmas as rotulavam de preguiçosas, sem limites, carentes, sem base familiar e estrutura financeira.
“Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanente, começo por aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado”. (Freire, 1996. p.23). Neste caso quando cito esse trecho de Paulo Freire me faz pensar na relação que a educadora tinha com seus alunos quando considerava que ela poderia dar chineladas nas crianças, pois por ser educadora e o educando um simples objeto na qual pode fazer o que quiser.
“Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto ou aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê. Não posso ser professor a favor simplesmente do Homem ou da Humanidade, frase de uma vaguidade demasiado contrastante com a concretude da prática educativa. Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. ”(Freire, 1996.p.103). É necessário romper com algumas ideias pré- estabelecidas e abrir a mente para novas ideias e principalmente ter a coragem de lutar por uma ideal, mas não um ideal utópico e não fundamentado e enraizado através de pensamentos, interligados com atitudes, pois se não tenho a clareza disso, posso cair em falácias, esta qual ainda prevalece não somente no ambiente escolar, mas em nossa sociedade, não posso generalizar, pois muitos pensam e agem para uma nova visão de cidadão.
“Quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. ” (Freire, 1996.p.23). Penso que como futura educadora devo observar as crianças e acima de tudo não rotular nenhuma, pois todos nós estamos em um processo constante de transformação e aprendemos a cada dia, pois somos eternos estudantes da escola da vida.
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