Esse foi o texto da segunda avaliação de "Educação Inclusiva:
Elaborar uma reflexão sobre a Lei 10.639/03 , sobre Educação de Jovens e Adultos (EJA) e também sobre Educação Inclusiva.
De grande importância à lei 10.639/03 para a educação brasileira, mas muitos não têm consciência da existência dela, então temos que relatar o significado e sua contribuição para o ensino brasileiro.
A lei é para incluir o estudo da História da África, podemos citar bem o artigo 26, pois visa no ensino fundamental e médio, é obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro- Brasileira.
Penso que demorou muito para isso acontecer, pois se pensar como a cultura do negro sempre foi transmitida na escola, a imagem que temos é do negro escravo, povo sofrido e por uma atitude de caridade da tal princesa que resolveu ser boa e beneficiar os negros, isso é uma total falta de consciência e clareza dos fatos históricos.
Essa lei veio para a valorização de uma cultura que nós brasileiros acabamos esquecendo, pois simplesmente não damos o verdadeiro valor, porque ainda em nosso país existem pessoas que continuam com preconceito, que ao meu ver é total atraso para uma sociedade.
Temos que valorizar a Historia da África, pois é um pouco da história do Brasil. Para termos uma sociedade melhor que saiba dar valor a cultura de um povo é de muita importância estudar e principalmente desde pequeno, pois assim já desde cedo construiremos uma sociedade que não tem preconceito e saiba valorizar as diferenças, mas não podemos esquecer de jovens e adultos que em idade escolar que não puderam frequentar a escola, então temos que pensar neles e traçarmos uma educação voltada para eles e também valorizar toda cultura e história da África.
Se pensarmos na historia da Educação de Jovens e Adultos (EJA) perceberemos que apresenta variações ao longo do tempo. Inicialmente a alfabetização de adultos foi para ler e escrever, mas percebemos que mudou e não ficou limitado somente a esse fator.
Temos que dar oportunidades a jovens e adultos que precisaram abandonar a escola, muitas vezes para trabalharem e ajudarem suas famílias e não conseguiram conciliar trabalho com estudo. Depois de perceberem que o mercado de trabalho estava mais exigente em relação à formação, alguns jovens sentiram a necessidade retornarem seus estudos, então aí que a educação de jovens e adultos (EJA) surge como um instrumento de transformação para eles.
Frequentar a escola indiferente qual a idade, é algo muito estimulante, pois a educação é a janela para um mundo novo, a construção do conhecimento e saber.
A história do EJA tem muito das ideias do educador Paulo Freire, pois tinha um propósito de uma educação libertadora, na qual educador e educando devem caminhar juntos para transformação, não somente na vida de cada indivíduo, mas sim na sociedade, pois no momento que o cidadão muda seus atos e renova seus pensamentos os reflexos são vivenciados na sociedade.
Com toda essa reflexão sobre lei e educação de jovens e adultos, me vem a mente qual o significado da disciplina Educação Inclusiva, minha visão no começo do semestre era bem limitada, mas ainda bem que foi mudando a cada aula que tinha, educação inclusiva vai muito além de deficiência, mas sim dar oportunidades aqueles que por algum motivo não tiveram e não tem acesso a educação, pois se falamos em incluir é porque tem exclusão e se queremos transformar uma sociedade temos que parar de sermos limitados e rotularmos as pessoas com rótulos que só nos fazem mal, temos que viver numa sociedade onde o ser seja muito mais importante do que ter, o que quero dizer com isso.Quero expressar que temos que ser mais humildes, mais solidários, mas não confundir com paternalista, pois fica uma visão deturpada, temos que ser menos excluídos e sim incluídos.
Estamos num curso de formação de educadores, mas afinal que tipo de educação e educador queremos para nós, se em um curso de Pedagogia não nos dá suporte para construirmos uma sociedade mais justa, com acessibilidade para aqueles que precisam, um curso que exclui uma disciplina “Braille”, será realmente que está preocupada com uma educação inclusiva, ou simplesmente quer formar educadores mal preparados e alienados em questão de inclusão.
Não posso aceitar que ainda vivemos em uma sociedade dominada por pensamentos egocêntricos que só se preocupam em formar educadores para terem os melhores empregos e ganharem os melhores salários.
Será que o conceito de educação inclusiva ainda é uma utopia, não posso acreditar, quero que seja uma realidade, então se quero que como uma realidade eu mesmo tenho que me libertar de muitos pensamentos pré–estabelecidos e também de falácias, pois daqui a pouco posso repetir palavras que só servem como discurso pronto de muitos demagogos que caminham por aí pelas universidades, ruas, e acreditam ser transformadores de realidade.
Não sei ao certo qual finalidade eu tive nessa minha última fala, pois estou em um processo de construção e muitas vezes tropeço e erro feio, mas a inquietação toma conta de mim e me faz questionar muitas coisas, mas que agora termino por aqui, pois não sei o que me espera para o próximo semestre, mas o que fica é a certeza da mudança em minha vida, pois não quero sair da universidade como entrei, quero sair transformada em meu ser e no meu pensar.
Renata Fernanda
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