segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mais um texto ruim que fiz bem no começo da Pedagogia, na outra universidade.


“A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente" Paulo Freire


O ato de ler:

Sabemos que o ato de ler está interligado com o ato de escrever, os dois caminham juntos, mas o que escrever sobre o ato de ler se não citarmos antes o ato de escrever.
Quanto mais lemos nos tornamos pessoas mais informadas, mas temos que analisar o que lemos, pois não adiante uma leitura simplesmente pelo fato de ler por ler, e esse não é o verdadeiro intuito do ato de ler.
O acesso à leitura às vezes não condiz muito ao que vivemos na realidade brasileira, sabemos que existem muitos em nosso país que não sabem ler e escrever e será que não é a hora de analisarmos o verdadeiro sentido do ato de ler, juntamente interligado com o ato de escrever.
O ato de ler é algo conscientizador, pois através da leitura poderemos ter uma sociedade mais consciente do seu verdadeiro papel, pois quanto mais conhecimento e entendimento poderemos ter uma sociedade mais justa para todos.
Se pensarmos que só através de vários atos, sejam eles o ato de escrever, de ler que poderemos transformar o mundo que vivemos, será que isso é utopia, pode até ser, mas quem nunca viveu ou vive com o grande sonho da transformação.
Sim o ato de ler nada mais é que um instrumento de poucos e que num futuro próximo será a realidade de muitos em nosso país.
Outro texto que fiz bem no começo da minha trajetória no curso de Pedagogia, na primeira universidade, nossa isso está um Baú da Pedagogia, rsrs, e também o texto é muito ruim.


O ato de escrever


Qual o verdadeiro sentido da frase o ato de escrever, se analisarmos os vários sentidos que este ato traz para a vida de todos.
Não é uma tarefa muito fácil, é necessário concentração para colocar no papel idéias, conceitos,
Idéia vem, idéia vai, sai da “cabeça” e vai para a ponta da caneta, uma atrás da outra em uma fila e assim formam palavras e dessas frases quando menos esperamos é formado um texto, mas em tempo de tecnologia o papel e caneta perderam um pouco o espaço para o computador, um novo meio de comunicação e expressão do ato de escrever.
Se pensarmos como o ato de escrever é um ato transformador na vida de muitos, pois é com ele que muitos expressam sentimentos, sonhos, mas em contra partida muitos não tem acesso ao simples ato que para nós é tão singelo, mas para outros o ato de escrever é um desafio.
Você já parou e perguntou como seria sua vida sem saber ler e escrever, não, eu não consigo imaginar como seria minha vida, então será que essa é a hora de analisarmos que devemos fazer alguma coisa para transformação de nossa sociedade, muitos não tem acesso à leitura, e a informação.
Sim eu acredito que somente através de uma sociedade que todos saibam ler e escrever assim acontecerá à mudança para uma sociedade mais justa.
Todos nós estudantes de pedagogia somos grandes sonhadores e idealizadores de que só através da educação transformaremos o “mundo” que vivemos.
Então vamos em frente, pois, a caminhada é longa.


Esse texto eu fiz quando ainda estudava em uma outra universidade, o curso era o mesmo Pedagogia. Muito ruim esse meu texto!





Analisar obra: Vidas Secas de Graciliano Ramos com Os Retirantes de Cândido Portinari.

Na obra de vidas secas, é um relato do perfil de uma família nordestina, vivendo os efeitos provocados pelo drama da seca. Podemos citar alguns valores atribuídos a esta importante obra literária de Graciliano Ramos, está o registro dos sonhos em relação à mudança de vida , muitas injustiças sociais.
Um drama que quase todos os nordestinos vivenciaram, saíram de sua terra para tentar uma sobrevivência em centros urbanos onde conseguiriam uma perspectiva de uma vida melhor.
Em Os Retirantes de Cândido Portinari, observamos a simbologia de um povo sofrido em decorrência do trabalho árduo.
Se compararmos a obra de Graciliano Ramos, com a obra de Cândido Portinari, podemos sintetizar cujo fator de expressão em suas obras são o verdadeiro relato do povo nordestino,pois Graciliano soube expressar exatamente através das palavras, que foi a linguagem verbal, e Portinari através de seus pincéis fez o mesmo, em sua linguagem não verbal, através de uma pintura .Graciliano passou sua mensagem através da palavra escrita e já Portinari pela observação transformada em pintura.
As obras de Graciliano Ramos e Cândido Portinari foram feitas em uma época distante da qual vivemos hoje, mas o relato que fizeram é bem atual e nos mostra as injustiças sociais são uma realidade deste povo citado por eles em suas obras, e com essa análise observamos o quadro social que são vivenciados constantemente e para pensarmos como podemos nos posicionarmos criticamente sobre fatos muitas vezes esquecidos, como devemos agir para transformar uma realidade sofrida em uma outra mais justa.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Esse texto escrevi no 1º semestre para a disciplina: Educação e Tecnologia da Comunicação e Informação
Foi uma análise do filme:Denise está chamando (Denise Calls Up)- 1995- diretor Hall Sawer

O texto está horrível.Quem não assistiu esse filme, deveria assistir, não é muito fácil de encontrar, eu ainda vou ver novamente e quem sabe escrever uma análise crítica melhor.



O filme começa com a ligação de uma amiga para outra, onde conversam sobre uma festa, Gale explica o motivo por não ter ido. Todos os personagens trabalham em casa e são ocupados e assim não costumam ter contato pessoal, é uma relação de amizade virtual, neste caso por telefone, por trabalharem em casa misturam vida profissional com pessoal. Todos esses personagens estão envolvidos entre si, não é um envolvimento pessoal, real, pois não se vêem, mas um envolvimento emocional.
Muitos envolvimentos ocorrem neste filme. Gale e Linn são amigas, Gale tem um ex-namorado chamado Frank, e este tem um amigo Jerry. Gale conversa com Frank para que sua amiga Bárbara conheça Jerry, pois tem a convicção que eles combinam e por isso quer tornar os dois um casal. Martin é amigo de Jerry, Martin recebe um telefonema de uma desconhecida, chamada Denise, e em todas as cenas em que ela aparece são cenas externas, Denise fala a Martin que está grávida, pois Martin fez doação ao banco de fertilidade, neste que Denise fez inseminação artificial e no transcorrer do filme ela tem interesse em conhecer o doador, então procura o telefone de Martin através de um amigo dela, Denise liga para Martin.Os dois começam a se conhecer, mas as conversas sempre são ao telefone. Com o telefonema de Denise Martin deixa transparecer toda sua insegurança sobre a paternidade, pois diz que trabalha demais e não está preparado para ser pai.Martin conta a Jerry sobre Denise.
Gale namorou com Frank por cinco anos, mas a relação não deu certo, pois os dois trabalhavam demais, e suas vidas eram muito corridas, Gale continua querendo formal o casal, Bárbara e Jerry, mas Bárbara mostra-se insegura em relação a isso e pede para Gale enviar uma foto de Jerry, e Gale pede a Frank uma foto de Jerry, então Frank envia uma foto, afinal os dois eram amigos há muito tempo, mas vale ressaltar: quando Bárbara recebe a foto de Jerry, era quando ele era criança, mas ela diz a Gale que gostou, e resolve marcar um jantar entre os quatro, para que finalmente Bárbara conheça Jerry, mas no dia posterior ao encontro todos voltam a se falarem pelo telefone para dizer que não foram, cada um dá sua explicação. Gale conversa com Jerry e informa número de telefone de Bárbara e ele liga, mas neste momento ela desliga o telefone, Jerry sempre fala com Martin sobre Bárbara. Jerry e Bárbara mantém um envolvimento sexual, todo esse envolvimento é através do telefone.
Martin e Denise sempre conversam sobre o bebê que ela espera, e Martin pergunta a Denise qual o sexo do bebê e ela diz que quer ter surpresa, mas se ele quiser saber, ela dá número do telefone que poderá falar com o médico, mas ela faz Martin jurar que não contará quando souber o sexo do bebê, Martin liga para o médico e diz que é um menino, Martin fica feliz. O tempo passa e Denise vai ter o bebê e liga para Martin, que este liga para Jerry, que liga para Bárbara, Frank liga para Jerry e também participa da conversa, todos conversam juntos, pois a tecnologia permite isso, e participam do nascimento do bebê.
Em um outro momento, Bárbara quando liga para casa de Gale é informada pela tia, sobre o falecimento de sua amiga, e esta fala a Jerry e liga para o amigo Frank, e dá os pêsames, mas este não sabia do falecimento e os amigos combinam para ir ao velório de Gale, mas não acontece. Frank liga para Linn para conversar sobre a festa que Gale preparava e que gostaria de fazer essa festa em sua homenagem e diz que Gale morreu quando conversava no telefone, então Linn lembra que esse telefonema era com ela. Depois de Frank conversar com Linn combinam para todos se encontrarem na casa de Frank, então combinam para dia 31 de dezembro e Frank convida Bárbara, Jerry que convida Martin e esse convida Denise. Chega o grande dia.
Todos vão ao encontro na casa de Frank, Denise chega com sua filha Afrodite, e toca a campainha de Frank, que está em casa, mas não atende. Bárbara vai ao apartamento de Frank, mas desiste na frente do apartamento e Jerry também faz o mesmo, isso acontece no mesmo cenário, onde Denise está sentada em frente ao local do encontro, Jerry e Bárbara passam um do lado do outro, mas como não se conhecem pessoalmente, cada um vai para sua casa, e neste momento que Denise está sozinha chega Martin e esse conhece Denise e sua filha Afrodite e os dois caminham juntos.
A imagem de Denise é mais impressionante, pois é a personagem que é sempre vista em cenário externo, bem mais iluminado, demonstra alegria, é uma simbologia de vida, e principalmente quando filme termina, quando ela caminha com sua filha, demonstra ousadia, pois foi a única personagem a realmente viver fora daquele cotidiano que os outros personagem viviam, apesar de todos precisarem trabalhar.. Em alguns momentos alguns personagens como Jerry e Bárbara, demonstravam insegurança no envolvimento emocional, Martin quando sabe que Denise fez inseminação artificial, Frank quando fica sozinha em sua casa e não atende a campainha, parece que ele gostaria de ficar ali sozinho, sem envolvimento real.
Apesar do filme ser de 1995, seu relato é bem atual, pois vivemos na era da tecnologia e podemos nos comunicar com pessoas de vários lugares, mesmo sem conhecer pessoalmente.
O sentimento que despertou foi de ter mais envolvimento com os outros, apesar da correria do dia a dia, temos que ter um tempo para ver o outro,pois algumas vezes sempre deixamos de nos relacionarmos com o outro, com a desculpa que temos uma vida cheia de trabalho, compromissos. Esse filme tem uma relação com a educação, pois não poderemos ter uma relação superficial com o objetivo de educar.Não discrimino a tecnologia, mas sim temos que tê-la como aliada, mas em alguns momentos deixamos de viver momentos mais pessoais, por simples desculpa da falta de tempo.Se pensarmos nos personagens, apesar de todos trabalharem dentro de casa, não tinham tempo para o convívio real, e isso é muito importante, todos demonstravam um envolvimento emocional, mas aquela cena de Jerry e Bárbara onde os dois passaram um do lado do outro, naquele momento os dois eram como desconhecidos, é neste momento que senti a grande importância do convívio entre as pessoas, principalmente real.Precisamos de uma sociedade mais humanitária e não egocêntrica.




Na postagem anterior, coloquei um trecho da reflexão que fiz do estágio, no final do 3º semestre, mas estava a olhar o meu "baú" e encontrei alguns textos do 1º semestre, vou colocar um texto e dá para perceber que melhorei um pouco, ainda bem, rsrs, imagine se ficasse pior, rsrs
Ah um detalhe, ainda tem o trema, em algumas palavras, oh reforma ortográfica que ainda me confunde, rsrs

Esse texto fiz para a disciplina Oficina de Produção de Texto


Em um mundo globalizado, saber falar outros idiomas torna-se fundamental para interação humana. Essa habilidade se faz necessária, por exemplo, para tratar de negócios, viagens ou até mesmo navegar na internet. Entre as diferentes línguas faladas pelo mundo, o inglês é colocado como o principal, e hoje é utilizado como linguagem universal. No Brasil, é disciplina obrigatória a partir do ensino fundamental e fator eliminatório no vestibular das principais universidades, a fluência nesse idioma é cada vez mais cobrada de profissionais que procuram uma vaga no mercado de trabalho em vários ramos de atuação, o que gera uma preocupação de pais atentos ao futuro dos filhos.
Nesse contexto, as escolas de educação infantil bilíngües tornam-se cada vez mais populares, pois além de solucionar a aflição de algumas famílias, trabalham habilidades que beneficiarão o desenvolvimento das crianças por toda a vida. Se destacarmos que a melhor época para aprender uma segunda língua é na primeira infância, de zero a dez anos. Ao expor uma criança de até seis anos a duas línguas, elas crescerão com grande probabilidade de se tornarem bilíngües.O bilíngüe pode ser aquele que fala dois idiomas, é importante destacar as quatro habilidades, que são escutar, falar, ler e escrever, nas duas línguas.
Se pensarmos qual a importância de aprender uma segunda língua na educação infantil, é preciso fazer distinção entre aprender e adquirir. Aprender é ter o conteúdo definido, adquirir é um processo subconsciente. Não aprendemos nossa língua-mãe, mas sim a adquirimos.Aprender outro idioma na primeira infância não prejudica de forma alguma, a criança já faz uma combinação única de dois idiomas que se integram ao sistema do pensamento, exemplo quando aprendemos as horas em uma língua não precisamos reaprender em outro idioma, pois os dois são integrados.
Podemos ressaltar na educação bilíngüe o papel do educador, então podemos observar a formação de professores, não adiantaria pensar em um ensino bilíngüe se não formamos educadores bilíngües, seria preciso uma nova reorganização de disciplinas direcionadas a futuros educadores, pois atualmente nos cursos de pedagogia não formam profissionais bilíngües.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O 3º semestre terminou, mas quero registrar aqui um trecho do meu relato de estágio, mas principalmente a ligação que fiz com o maior educador que o Brasil já conheceu até hoje.

Não tem como esquecer o que ele fez para a educação
Ah, eu falo de Paulo Freire!

Paulo Freire, onde você estiver, você foi o CARA!

SIMPLESMENTE UM HOMEM QUE FEZ E AINDA FAZ A DIFERENÇA



“A questão da coerência entre a opção proclamada e a prática é uma das exigências que educadores críticos se fazem a si mesmos. É que sabem muito bem que não é o discurso o que ajuíza a prática, mas a prática que ajuíza o discurso.” (Freire,2008.p.25). Isso demonstra a experiência que tive no estágio, pois as práticas observadas por mim foram incoerentes com o discurso feito pelas educadoras no início do meu trabalho de observação. Na qual falavam sobre amorosidade com as crianças, mas que na vivência com as mesmas as rotulavam de preguiçosas, sem limites, carentes, sem base familiar e estrutura financeira.
“Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanente, começo por aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado”. (Freire, 1996. p.23). Neste caso quando cito esse trecho de Paulo Freire me faz pensar na relação que a educadora tinha com seus alunos quando considerava que ela poderia dar chineladas nas crianças, pois por ser educadora e o educando um simples objeto na qual pode fazer o que quiser.
“Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto ou aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê. Não posso ser professor a favor simplesmente do Homem ou da Humanidade, frase de uma vaguidade demasiado contrastante com a concretude da prática educativa. Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. ”(Freire, 1996.p.103). É necessário romper com algumas ideias pré- estabelecidas e abrir a mente para novas ideias e principalmente ter a coragem de lutar por uma ideal, mas não um ideal utópico e não fundamentado e enraizado através de pensamentos, interligados com atitudes, pois se não tenho a clareza disso, posso cair em falácias, esta qual ainda prevalece não somente no ambiente escolar, mas em nossa sociedade, não posso generalizar, pois muitos pensam e agem para uma nova visão de cidadão.
“Quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. ” (Freire, 1996.p.23). Penso que como futura educadora devo observar as crianças e acima de tudo não rotular nenhuma, pois todos nós estamos em um processo constante de transformação e aprendemos a cada dia, pois somos eternos estudantes da escola da vida.