Esse foi o texto produzido por mim e a Robéria para as disciplinas: Fundamentos da Educação Infantil e Experiência e Pesquisa em Educação Infantil
Reflexão sobre o texto de Sônia Kramer: Infância, cultura contemporânea e educação contra a barbárie
Educação contra a barbárie é um texto que traz questões que mobilizam para pensar, questionar e analisar sobre vários aspectos que a criança está inserida. Se pararmos para observar como a criança é vista na sociedade, podemos perceber que muitas barbáries já aconteceram e ainda acontecem, mas muitas vezes mascaramos a realidade e deixamos pouco a pouco as crianças serem vítimas de barbáries, pois quando falamos em barbárie logo vêm em nossas mentes somente imagens mais impressionantes que ocorreram no passado, mas não damos conta que barbáries acontecem diariamente, por isso Sonia Kramer cita que “... não corremos o risco de chegar à barbárie; vivemos nela. E devemos educar contra barbárie.” (Kramer, 2008, p: 95)
As crianças têm o direito de serem respeitadas, mas a forma como as tratamos e a total falta de preparação muitas vezes nos faz agir de maneira repugnante contra as crianças. É necessário reconhecer a naturalidade e a simplicidade das crianças na forma de enxergarem e entenderem o mundo.
Uma outra questão que devemos pensar é em relação ao fim da infância, apesar de todas as barbáries que acontecem hoje em dia como; trabalho infantil, violência e exploração sexual, a infância não acaba assim, ela é vivida por todos, independentemente dos acontecimentos e das experiências vividas nesse período. A infância vai muito além de tudo isso, as crianças por mais que sofram, não deixam de ser crianças, o olhar delas são diferentes do nosso, a forma como elas enfrentam e resolvem os problemas são completamente opostos á maneira dos adultos, não acreditamos no desaparecimento da infância, muito menos da criança.
A infância é um direito de toda criança, ter tempo para brincar ou para simplesmente fazer nada, não devemos cobrar tanto, ficar esperando que elas sejam o que desejamos, alimentamos a ideia de que as crianças são as esperanças do mundo, damos a elas a responsabilidade de mudar e melhorá-lo, sendo que nós mesmos não fomos e não somos capazes de fazê-lo. Além de fazermos as crianças conviverem com a violência, com a morte, não ensinamos nada de bom a elas, muito pelo contrario as crianças aprendem como os adultos o medo, a agressão e a aniquilação dos direitos. Com tudo isso, ainda somos capazes de tapar nossos ouvidos ou simplesmente calarmos as crianças, não há um dialogo e uma escuta por parte de nós adultos.
Aqueles que atuam na educação enfrentam muitos desafios e como poder lidar com eles, são de vários aspectos e dimensões. A infância é objeto de estudo crítico na qual o desaparecimento da infância é um foco. Se pensarmos também como as crianças são vistas atualmente, muitas vezes subjugadas e com os seus direitos sendo aniquilados por adultos extremamente autoritários e sem um mínimo de noção da importância da criança e sua infância. Crianças trabalhando desde pequeno e sem acesso a escola, mas isso não é algo recente, podemos observar historicamente que crianças são exploradas.
Sabemos que o grande desafio é construir uma educação que reconheça o outro e suas diferenças e não tentarmos moldar o outro ao nosso modo de pensar e agir, criar possibilidades para que a criança construa sua identidade e seu direito respeitado, cujo espaço da escola não seja somente um local onde adquira conhecimentos teóricos, pois desde cedo as crianças têm uma rotina muito exaustiva e nós adultos muitas vezes sufocamos nossas crianças na ânsia de que consigam a cada dia saber mais e nos esquecemos de educar para uma prática solidária, com ações coletivas, respeitando seus conhecimentos adquiridos no percurso de sua história, é preciso ter uma formação na área do conhecimento: língua, Matemática, Ciências Naturais, Ciências Sociais, mas não podemos esquecer de uma formação cultural, que posso discutir valores, preconceitos.
Nossa, muito bom esse texto. Realmente essa tem sido nosa realidade, infelizmente vivemos em uma sociedade que está aos poucos acabando com o que sobrou da infância e lutar para que isso não aconteça não é uma tarefa tão simples, mas nós ainda que sejamos poucas podemos contribuir para que a infência seja vista por todos, como o melhor momento de nossas vidas. E depende das experiências da infância para que sejamos adultos sadios...Não vamos acabar com ela, sim ajudar a preservá-las. Pois ser criança é MARAVILHOSOOOOOOOO e é a partir dela que somos capazes de sorrir e sonhar!!
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