domingo, 15 de novembro de 2009

Esse foi o trabalho feito em grupo para a disciplina: Didática II, sobre Janusz Korczak:
Vou colocar uma frase do autor que nós colocamos em nosso trabalho:


“... Não posso viver confortavelmente. Sinto vergonha de ter o que comer, quando sei que as crianças têm fome; tenho desgosto de sorrir, quando vejo ao meu redor faces jovens atormentadas...”
Janusz Korczak



1.Trajetória de vida do educador

Henrik Golszmit nasceu na Polônia em Varsóvia dia 22 julho de 1878, vem de uma família judia onde seu pai trabalhava como advogado, sendo mais tarde atingido por uma doença mental na qual acarretou a sua morte, deixando para Korczak a responsabilidade de sustentar sua mãe e sua irmã, foi então que ele começou a procurar as soluções para as dificuldades.

A partir de então ele começou a dar aulas particulares, conseguindo concluir sua faculdade de medicina e se formou em médico pediatra nos hospitais de Berlim e Paris, trabalhando sete anos num hospital infantil e logo depois quatro anos na Primeira Grande Guerra, mas seu interesse por crianças foi crescendo e começou a se dedicar por educação, sendo muitas vezes educador em colônias de férias.
Como gostava muito de literatura resolveu inscrever-se em um concurso literário e foi a primeira vez que usou o pseudônimo de Janusz Korczak, nome esse que teve inspiração do livro Janasz Korczak and the pretty Swordsweeperlady escrito por Józef Ignacy Kraszewski
Em 1901, quando Janusz viajou para Zurique, onde aprofundou seus estudos sobre a obra de Pestalozzi, Korczak mostrava grande interesse pelas crianças carentes, neste mesmo ano publicou o artigo “As crianças de rua”, e anterior a este ano já havia publicado sete artigos intitulados “ Crianças e educação”.

Korczak foi influenciado à frequentar a faculdade de Pedagogia, por Stefa Wilczinska, filha de judeus aristocráticos de Varsóvia, onde entrou em contato com as obras dos pensadores da escola nova.
Onde observava todos os acontecimentos da escola tradicional e a escola nova e tinha inúmeras críticas pela forma tecnicista e autoritária e defendia a educação para a formação do cidadão ativo e participativo.
Não fez filiação a nenhuma corrente do pensamento pedagógico.Condenava o academicismo, a teoria educacional sem prática. Não se apoiava em autores de sua época para criar teorias novas, pois não era isso que queria consagrar sua vida. Em 1908 escreveu alguns artigos que criticaram a escola tradicional. E seu primeiro romance “A criança do salão”, que lhe deu fama e respeito como médico, escritor e educador.
A teoria não deixa de ser menos importante, mas o que ele chama à atenção é do seus fundamentos teórico que em sua visão era uma ação prática, dando grande destaque para os adultos em contatos com as crianças, a valorização das famílias, poetas e o momento presente.
Janusz deixou o hospital em 1911 e foi trabalhar em um orfanato criado por Stefa em Varsóvia, depois de formado em Pedagogia. Stefa criou o lar para crianças pobres e convidou Korczak para ser médico do orfanato. Aos poucos Korczak foi transformando o orfanato em uma Republica de crianças, organizada nos princípios da justiça, fraternidade, igualdade de direitos e obrigações. Depois ele viajou a diversos países (Suíça, Ítala, Holanda e Dinamarca), para conhecer os orfanatos e voltou decepcionado com as instituições que mais pareciam prisões. No dia 15 de abril de 1912, foi inaugurado o Lar das Crianças, destinado às crianças judias carentes, a ajuda financeira foi adquirida junto aos judeus ricos do país. Mas Korczak foi convocado à serviços de pediatria de dois hospitais e inspeção de três orfanatos em Kiev no inicio da Primeira Guerra Mundial em 1914. Nesse período, Stefa dirigiu sozinha o orfanato por quatro anos.
Korczak reassumiu o orfanato ao retornar, foi convocado a auxiliar na direção de outro orfanato em Prushkov, também foi chamado em 1930, para dirigir uma edição para criança ( La Petite Revue ligada a Notre Revue), as crianças eram responsáveis pela edição da revista, e contava estórias infantis na rádio, essa participação tornou-se permanente na vida do educador, pois em 1934 iniciou o programa “Velho Doutor” de aconselhamentos à pais, alguns desses aconselhamentos foram publicados em Pedagogie Avec Humour.
Além disso, ele escreveu vários livros, “Como amar uma Criança” (1º Sistematização de sua concepção pedagógica, de 1919), “ O Rei Mathias 1º” e “ O Rei Mathias em uma ilha deserta” ( livros infantis de 1923), “ Quando eu voltar a ser criança” (1925), “ O Direito da criança ao respeito” (1929) este ultimo livro foi adotado como base pela ONU, trinta anos depois.A crise econômica deflagrada em 1929.
Em 1940 o orfanato perde o comitê que o sustentava. A Gestapo ordenou a transferência do Lar das Crianças para uma casa pequena e suja no gueto de Varsóvia no ano de 1942, Janusz usou seu talento e energia para conseguir alimentação e medicamentos para as crianças do orfanato, tinha muita influência e prestigio, mas não fez uso disso para escapar do gueto e da morte, preferiu ficar ao lado das crianças (Relato desse período escrito entre maio e agosto registrado em “Memórias”.)
Em nenhum momento Korczak perdeu a esperança e os bons valores humanos.Sua sagrada missão: a luta pelas crianças carentes e abandonadas.“Fazer o mal? Não sei como isso se faz..”
Sua amoriosidade pelas crianças sempre esteve presente na sua vida e nas escritas (exercício que fazia por uma necessidade interior) se olharmos para ideologias e correntes científicas da época observaremos que Korczak era um pensador anacoreto, se preocupava com as crianças, pois”não basta amá-las, é preciso respeitá-lás e compreendê-las”.
Com a ascensão do nazismo na Alemanha começou a degradação da situação dos judeus na Polônia, “minha vida foi difícil, mas interessante.” foi assim que Korczak retratou sua trajetória. No dia 5 de agosto de 1942, foi arrastado com duzentas crianças para os trens que os levariam as câmaras de gás no campo de concentração de Treblinka onde morreu com 64 anos.



2. Contextualização do momento político/econômico/social

Sobre o domínio do nazismo na Alemanha em 1933, Korczak sofria com a política pró-nazista, e a situação dos judeus na Polônia só agravava, a pobreza entre eles era casa vez mais crescente, aconteceram expulsões de estudantes judeus das universidades. e muitos emigraram para Israel.
Korczak foi demitido da rádio em 1936, por ser judeu e neste mesmo ano viajou para Eretez-Israel e permaneceu por 20 dias em Ein-Harod, impressionou como era o tratamento dado as crianças.
Chegando a segunda Guerra mundial, na Polônia a situação estava crítica e Janusz cogitou a possibilidade de transferir o Orfanato para Ein-Harod, mas por falta de recursos não foi possível.as crianças quase sempre permaneciam no orfanato devido a perseguições sofridas com os judeus, elas não podiam fazer passeios fora da cidade, pois sofriam agressões de outras crianças polonesas jogavam pedras. Janusz passou pela época mais cruel obscura que o mundo teve.




3. Concepção de ensino, educação, aprendizagem,criança/aluno e professor



Preocupado com os problemas pedagógicos , introduziu o modelo de observação utilizado na medicina.
Rompeu com a pedagogia autoritária da época, na qual a criança era vista como oprimida e o adulto com sua superioridade poderia mandar e a criança obedecer.
Era capaz de amar uma criança graciosa e gentil, quanto a rebelde e má, pois sabia que todos deveriam ser amadas com a mesma intensidade. Valorizava o papel da afetividade na educação e na construção do conhecimento .
Janusz Korczak defendia a auto-gestão e isso era percebido através de várias atividades desenvolvidas dentro do orfanato. O quadro de avisos, caixa de cartas, vitrine de objetos achados, divisão do trabalho, reuniões, debates, jornal, tribunal, código do tribunal, juízes.Através da divisão de tarefas fazia despertar papel que cada um deveria ter, pois o trabalho não causa vergonha, pelo contrário ressalta a dignidade do indivíduo.
Os educadores que procuravam ajudar, orientar, mas nunca usavam de oposição, esperavam que alguma criança buscasse neles opiniões.
A pedagogia de Janusz Korczak é a do coração, do amor e o respeito à criança, souber perceber cada criança como um ser único e não subjugado como simplesmente criança que deve obedecer o adulto, pelo simples fator de ser adulto,que pensa saber muito mais.
Janusz não fez de sua vida uma página em branco, transmitiu para todos que o conheceu e que ler suas obras inúmeros valores, podemos destacar a Fé, Ètica e a Humildade, onde não se limitava em apenas dar a comida, apoio e carinho ele ia além,, ensinava como ser gente a ter ética nas aulas de responsabilidade coletiva. . Korczak viveu na pele todo os descaso que os nazistas prticava, em contra partida ele defendia a autêntica democrácia, contra todas as espécies de totalitarismo,'' Liberando as crianças da ditadura dos adultos” pois muitas delas são“Òrfãos,na casa dos próprios pais”.
Suas concepções e os trabalhos pedagógicos com as crianças carentes, não ficou restrito apenas nas 200 crianças de seus orfanatos, essa concepções era sobre tudo uma base de uma reflexão sobre a prática concreta da vida,
Korczak estava sempre se argumentando sobre as concepções de Froebel e de Maria Montessori, em diversos momentos criticava e em outros eram influênciados , sendo ele um dos primeiros educadores a dar importância ao rádio, o cinema e o teatro.
A auto -gestão das crianças e a arbitragem inter-pares, entre colegas estava sempre presente. Cada criança tinha o direito ao respeito e ao desenvolvimento da sua personalidade.



4. Propostas educacionais

Ressalta bastante a aplicação da prática pelos educadores, onde não se pode banaliza-la por teorias pedagógicas. “A realidade é sempre mais viva do que teoria”.
Defendia a autogestão pedagógica, pois sempre estava preocupado com questões sociais e acreditava em um trabalho com muita transparência. O ''Parlamento” e o “Tribunal” atualmente conhecido como o Conselho de Escola, eram alguns dos métodos da autonomia infantil que Korczak criou em seu Orfanato,onde tratava todos com muita seriedade e eram auto-assumidas, acreditando na importância das relações democráticas no processo educativo, a democracia estava até mesmo na pequenas coisas entre elas no plebiscito com votos secretos, caixas coletivas de poupança e empréstimo gerenciada por crianças, no ''centro de livros'' como se fosse uma biblioteca e no jornal O Semanário.
Constituiu a auto-gestão das crianças, trazendo as eleições,plebiscito,parlamento,tribunal,governo para a conscientização e responsabilidade de todos em uma sociedade.
Métodos educacionais aplicados na prática e em suas obras.Os métodos educacionais , a estruturas da escola, da pedagogia, das relações mestre/alunos e pais/filhos eram novas diante a corrente da época e é consideradas revolucionárias.


5. Repercussão de suas ideias na educação/sociedade

Embora o mundo inteiro ( Ocidente e Oriente ) estão reconhecendo seus métodos educacionais e percebendo a essência de suas obras, temos muito ainda a fazer pois é pouco conhecido em nosso continente.



6. Livro: O direito da criança ao respeito

6.1 Menosprezo e Desconfiança


Desde pequenos costumamos escutar que o grande é melhor, que ser pequeno não é bom, pois não conseguimos alcançar nada, não podemos nada. Para sermos respeitados e admirados temos ser grandes, por sermos pequenos, somos esquecidos, nossas necessidades nunca são vistas, somos fracos.
Nós adultos usamos nossa força, para impedir as crianças, forçá-las a fazer o que nos convém e a criança aprende depois de muito tentar que não deve resistir. E através da nossa atitude como adulto, que a criança aprende a menosprezar o que é fraco, mas acontece que hoje o que nos defende de qualquer mal não é a força muscular, mas sim o intelecto, o saber.
Sempre tem alguém querendo decidir sobre o futuro das crianças, mas ninguém se dá o trabalho de perguntar à elas o que acham disso, ninguém está preocupado com o que elas sentem e desejam, tomam decisões que podem fazê-las sofrer, anulando-as como seres humanos (pensantes).
Tudo que oferecemos às crianças, alimentação, educação, não são de graça cobramos tudo, esperamos que elas sejam o queremos e não o querem ser. Pensamos e sabemos tudo, que caminho seguir, o que fazer, o que não fazer, a criança não pode nada, não sabe nada, não tem nada, seja o que for que a criança vai fazer, antes de qualquer coisa é proibido, não pode tocar em nada, se a criança quiser ganhar algo precisa provar que merece o que quer, tendo um bom comportamento, a criança depende de nossa boa vontade. Tratando as crianças como; quem não pensa; quem não sabe nada, que nada advinha e pressente estamos menosprezando-as.
A criança vive cada momento intensamente, elas apreciam e brinca com coisas que passam despercebidas aos olhos dos adultos, e nós poderíamos fazê-las felizes com muito pouco, mas menosprezamos a forma com que vivem a vida. Comparamos a criança a um criminoso, mal intencionado, que erra de propósito, que gosta do perigo, que não costuma dar ouvidos a conselhos, olhamos para as crianças como suspeitos, menosprezamos e desconfiamos delas.



6.2 Má vontade

Apesar de amarmos as crianças e sabermos de sua importância em nossas vidas, porque a consideramos um peso ou incomodo? . Como se fossem culpadas pelas brigas, dores, inquietações e despesas. Até mesmo o choro e o ato de trocar fraldas e o simples fato dos bebês não falarem, nos irritam. E quando finalmente começam a falar e andar incomodam do mesmo jeito, pois começam a mexer em tudo, esconder-se em todos os cantos, quebrar objetos, tirando-nos o sossego.
Todos os envolvidos; pai, mãe, babá, cozinheira querem interferir e dizer o que é melhor para a criança, algumas acabam castigando-a contra a vontade da mãe.
Ficamos esperando que a criança seja o que gostaríamos que fosse e acabamos nos decepcionando, inclusive que a criança deveria saber reconhecer o que fizemos por ela, que poderia obedecer, renunciar, compreender tudo em troca do que já lhe demos.


6.3 Direito ao Respeito

Nos referimos a criança como se ela não existisse, mas que um dia passará a existir, quando se tornar um adulto, acontece que isso não é verdade, pois as crianças existem, são nossos companheiros e a vida que levam não é brincadeira, a infância é um período importante da existência de um homem.
Na Grécia e Roma, existia uma lei fria que permitia matar crianças, elas eram vendidas a mendigos no século XVII e as menores eram dadas de graça. E isso existe até hoje, inúmeras crianças quando se tornam um incômodo são abandonadas, essa atitude só cresce, são muitas, cada vez mais o números de crianças largadas, maltratadas e exploradas, existe uma lei que as protege, mas talvez essa lei não seja tão eficaz, não as ofereça garantias, e precisa urgentemente serem revistas.
Não damos as crianças o que lhe é de direito, se tivermos que dividir uma herança, quanto dessa fortuna é de direito da criança? E referindo-se ao governo , quanto do dinheiro público é destinado ao povo infantil? . Talvez estejamos nos apropriando do que não nos pertence, não estamos dando as crianças o que lhe é de direito, oferecemos a elas um espaço pequeno, pobre, abafado, sem grandes novidades e cheio de regras.
A escola é introduzida em suas vidas de forma obrigatória, tendo elas que conciliarem interesses de seus pais e de suas escolas que são completamente contraditórias. Esses conflitos entre a escola e a família afetam a criança, pois a família é a favor da escola quando ela acusa a criança, às vezes injustamente, mas não concorda com o que a escola propõe impor à criança.
Os adultos muitas vezes impõem normas impensadas, sem reflexão crítica, e a criança fica chateada, magoada com tanta bobagem e agressividade dos adultos. A criança é capaz de ter todos sentimentos de um adulto, lembrar de coisas marcantes, saber apreciar e desprezar, ela também erra, confia e dúvida. E nós costumamos magoar as crianças em vez de lhe dar informações necessárias, mesmo negando isso a elas, as crianças vão buscar essas informações junto a outras pessoas de sua confiança. Somos injustos com a criança, tudo que ela faz está errado, é motivo para reclamações, é merecedor de uma bronca, a criança muitas vezes chora, mas essas lágrimas não são bem vistas, são mal entendidas, são consideradas como birra e teimosia, mas não percebemos que é uma forma dela reclamar, protestar contra nós adultos que querendo ou não a fazemos sofrer.
O orçamento da criança deve ser respeitado, pois elas sentem vontade ou necessitam de algo que não podem comprar e nem pedir a ninguém, isso acaba resultando nos furtos, que nos serve como alerta de que a criança precisa de orçamento, ela necessita de muitas coisas, assim como nós, mas a diferença é que o dinheiro e o poder estão em nossas mãos, portanto não enxergamos a criança e achamos que ela não precisa de nada além das bugigangas que lhe damos.



Referências Bibliograficas

ABRAHAM, Bem. Janusz Korzack: Coletânia de pensamentos. 6 ed.São Paulo: Associação Janusz Korzak , 1986
DALLARI,Dalmo de Abreu; KORCZAK,Janusz.tradução Yan Michalski.O direito da criança ao respeito.São Paulo:Summus,1986
Boletim 04, Associação Janusz Korczak do Brasil.São Paulo, 1997
Boletim 05, Associação Janusz Korczak do Brasil.São Paulo, 1999
Boletim 06, Associação Janusz Korczak do Brasil.São Paulo:2002
www.ajkb.org.br


Esse texto foi feito em grupo para a disciplina: Política de Atendimento à Infância.
Tem o relato de uma palestra que duas integrantes do grupo participaram!
Fizemos uma visita a Associação Brasileira de Dilesxia

1. Introdução

A dislexia é caracterizada por dificuldade na aprendizagem, na escrita, leitura, portanto não é resultado de má alfabetização, baixa inteligência, condições sócio econômicas, mas em alguns casos, podemos perceber a hereditariedade, com alterações genéticas e do padrão neurológico. Como identificar a dislexia em crianças ou mesmo em indivíduos já alfabetizados, mas não podemos generalizar que todos são identificados na idade escolar, mas na escola é um local onde a percepção para ficarmos atentos se determinada criança sofre deste distúrbio.Mas a escola não tem autonomia para fazer essa identificação, é realizada através de uma equipe multidisciplinar, formada por Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica,mas não está restrito somente a esses profissionais, em algum caso, a equipe poderá também ter Neurologista, Oftalmologista e outros.Na idade escolar os educadores devem ficar atentos a alguns sinais que podem identificar se determinada criança tem dislexia, como disgrafia (letra feia), discalculia, dificuldade com a matemática, na assimilação de símbolos e de decorar tabuada; com a memória de curto prazo e com a organização, dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar sequências de tarefas complexas, compreensão de textos escritos, dificuldades com a linguagem falada, confusão entre direita e esquerda, em aprender rimas e canções, com quebra cabeça, fraco desenvolvimento da coordenação motora, falta de interesse por livros impressos, troca de letras na escrita. Por isso a observação do educador em sala de aula é grande importância para a identificação da dislexia, claro que ele não pode diagnosticar o distúrbio, mas pode auxiliar a criança e seus familiares para procurarem ajuda.


2. A Associação Brasileira de Dislexia

Em 1983 nascia a Associação Brasileira de Dislexia, mas nesse momento era um local para estudos, troca de informações, divulgação da dislexia, mas com o passar do tempo foi tomando uma proporção maior e esse local não ficou só restrito a esses fatores, mas sim a identificação e auxílio para indivíduos que buscam os serviços deste local.A associação tem um trabalho multidisciplinar para identificação da dislexia,mas freqüentemente a criança em idade escolar, mas em alguns casos, algumas mães por procurarem o serviço acabaram descobrindo que tinham e assim também iniciaram um acompanhamento. Os serviços que oferecem entre eles são: Atendimento a pais, familiares, escolas, profissionais clínicos, encontro com disléxicos e reuniões com os pais, diagnóstico multidisciplinar,e outros.Para ter o atendimento na associação são necessários alguns requisitos, entre eles podemos ressaltar, alunos da Rede Pública de Ensino da capital e grande São Paulo, com idade entre 06 e 18 anos, estudantes do ensino fundamental e médio, e que comprovem ausência de recursos financeiros.Os documentos necessários são: encaminhamento da escola, feito em papel timbrado oficial, assinado e carimbado pela Coordenação Escolar, que relate o motivo do encaminhamento, comprovante de residência,comprovante de gastos mensais: contas de água, luz, telefones fixo e celular, comprovante de renda (carteira de trabalho ou declaração do patrão,com o valor recebido mensalmente), mas para ser atendido existe uma fila de espera.



Estratégias com o disléxico em sala de aula

Palestrante: Silvana Chataguiner Profissão:
Pedagoga e psicopedagoga
(Foi professora durante 15 anos)
Qual o motivo de discutir dislexia?
15% da população é disléxica No surgimento da doença dislexia os únicos especialistas que diagnosticavam e abordavam a doença eram os médicos e os psicólogos, faltava uma abordagem dos pedagogos, por falta de conhecimento sobre a doença, hoje em dia o número diminuiu, tem mais professores buscando conhecer a doença.

Curiosidade
15 a 20% da população da Bélgica tem dificuldades em aprendizagem.

Definição da dislexia

Tem todas as condições para ler e escrever, mas tem dificuldades de decodificação além de ter uma memória de curto prazo.Só da pra saber quanto uma criança tem dislexia quando está na escola na fase da alfabetização.Algumas dificuldades de aprendizado:- dificuldade de juntar as letras e as sílabas.- tem memória de curto prazo.- cada palavra lida é como se fosse a primeira vez que está conhecendo.


Diagnóstico

Muitos profissionais envolvidos para diagnosticar um disléxico.-fonoaudiólogo- psicopedagogo- neurologistaTambém acontece de dar um diagnostico falso, quando é alfabetizado mais cedo fora da idade ou por ser imatura.

Alguns métodos de ensino para disléxicos utilizam o método fônico e global.

Falar é natural e ler não é!Por nossa sociedade necessitar da leitura e escrita, muitas pessoas são discriminadas.


Evolução e desempenho de um disléxico

Geralmente largam a escola, muitos não chegam no nível superior, geralmente quando não tem acompanhamento de um especialista.


Consequências da dislexia

Levam muitas broncas por serem muito esquecidos, são mais lentos e demorados para entender alguma brincadeira ou explicação.Tudo para ensinar tem um disléxico tem que ser concreto, onde ele possa tocar com relevos.Geralmente fazem bagunça para chamar atenção, por sempre ficarem pra trás. Não tem prazer em ler pela leitura ser muito difícil.


1º caso:

8 anos
Frequenta terapia a 3 anos
Notas baixas
Auto estima baixa Poucos amigos


O que foi feito?

Trabalho pedagógico
Reforço positivo
Leitura das provas
Insistência no diagnóstico


Como ficou?

-melhorou a nota
-controlou a urina
-auto estima subiu
-arrumo mais amigos

Eles mesmos se dão alta quando percebem até onde conseguem ir, se necessário voltam com a terapia.Inicialmente são mais esforçados depois alguns acabam desistindo do tratamento por cansarem.


O que o professor pode fazer?

- tratar com naturalidade o aluno.
-usar linguagem direta, clara e objetiva
-1 instrução por vez -falar olhando
- certificar o que ele entendeu
- verificar se fez anotações da aula.
- estimular no que ele é bom. (se sentir importante)
- não forçar a ler em voz alta.

É preciso conscientizar todas as pessoas da escola, coordenador,professores e diretores é necessário que todos conheçam e saibam lidar com essa doença, por isso a importância de buscar palestras e congressos que fale sobre o assunto.

Referências bibliográficas

www.abd.org.br